Criado pela Itatiaia, o projeto Itatiaia Eloos é voltado para o Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e tem como um dos destaques o fato de ser independente e apartidário. Com o apoio do poder público, a proposta visa estimular o crescimento das empresas instaladas no estado e geração de emprego e renda. A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Mila Corrêa da Costa, ressalta que fomentar o crescimento do estado vai além de atrair novas empresas para o nosso território.
“Isso é desenvolvimento econômico, mas, na nossa concepção, desenvolvimento econômico é mais do que isso. A plataforma Eloos busca não apenas ouvir o empresariado e a população, entendendo as iniciativas nas regiões do Estado, como também convergir com a nossa visão de desenvolvimento. Para nós, desenvolvimento não se resume à atração de investimentos: ele envolve, sobretudo, a geração de emprego e renda. Além da marca dos 500 bilhões, que será anunciada agora, também divulgaremos o marco de um milhão de empregos formais criados desde 2019. O desenvolvimento precisa ter capilaridade e capacidade de gerar oportunidades, e é isso que buscamos com a meta de criação de empregos.
A atração de investimentos viabiliza essa capilaridade e garante a abrangência que a gente busca com o desenvolvimento econômico. Hoje, o desenvolvimento econômico é uma pauta compartilhada com a Secretaria de Meio Ambiente, já que pressupõe também sustentabilidade. Trabalhamos essas frentes em paralelo, alinhando-as às diretrizes de transição energética e buscando alternativas não apenas em relação a combustíveis, mas também em investimentos e empreendimentos que incorporem esse viés sustentável”, afirma Costa.
Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa
Diversificação Econômica
A secretária de Desenvolvimento do Estado, Mila Corrêa da Costa, aponta ainda que o Itatiaia Eloos vai ser importante para estimular a diversificação da economia de Minas Gerais.
“A superação das exportações do agronegócio em relação a mineração, mostra justamente que a produção rural em Minas é um eixo de diversificação econômica muito relevante, assim como o comércio. Pela primeira vez na história, o nosso Produto Interno Bruto (PIB) ultrapassa a casa de um trilhão, e isso demonstra uma grande diversificação hoje em relação à economia mineira”, detalha.
Pioneirismo e animação
Durante junho e julho, o Itatiaia Eloos vai ser focado nos setores de comércio, serviços e turismo. Cledorvino Belini, presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas), está animado com o projeto e afirma que será um importante meio para ajudar nos desafios do segmento.
“Além da questão logística e da infraestrutura, a disponibilidade de mão de obra é fundamental para atrair empresas a investir. Hoje, o Brasil possui cerca de seis milhões de desempregados e, ao mesmo tempo, cerca de 20 milhões de beneficiários do Bolsa Família que, se treinados, podem integrar-se ao mercado de trabalho e se tornar um ativo importante para o país. Então, esse potencial, alinhado com planos para aumentar a capacidade produtiva, pode impulsionar o desenvolvimento econômico e social.
Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Cledorvino Belini
Outro grande problema é a carga tributária. Nós pagamos mais de 40% de carga tributária no Brasil, que por ser muito alto, inibe totalmente investimentos diretos. Ou seja, temos muitas oportunidades, mas a rentabilidade do negócio tem que ser muito alta para que realmente venham os investimentos. Além disso, enfrentamos a falta de mão de obra qualificada e também não tem um sistema tributário. Com a implementação do novo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), o cenário permanece nebuloso. Muitos empresários estão assustados, sem um horizonte. Está tudo muito novo e tivemos uma empurrada de um sistema onde nem todos vão ser beneficiados, porque, no final, vai acabar aumentando a carga tributária”, afirma Belini.