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Antes do encontro, Zelensky reiterou que a Rússia não deveria ser recompensada pela invasão, rejeitando qualquer concessão territorial, mesmo sob pressão americana. A reunião na Casa Branca ocorreu após uma cúpula entre Trump e o
Naquela ocasião, Trump havia sugerido que Zelensky poderia encerrar a guerra “quase imediatamente”, mas sem a devolução da Crimeia ou a adesão à OTAN.
Líderes europeus e o próprio Zelensky alertam contra concessões à Rússia, citando as milhares de mortes desde fevereiro de 2022.
Além de Trump e Zelensky, participam da reunião desta tarde líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Finlândia, o chefe da OTAN, Mark Rutte, e a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Esta é a primeira visita de Zelensky à Casa Branca desde fevereiro, quando houve atritos sobre o reconhecimento da ajuda americana no conflito por parte da Ucrânia.
Conflito continua
No campo de batalha nesta segunda-feira (18), horas antes do encontro entre Zelensky e Trump, a Rússia lançou cerca de 140 drones e quatro mísseis balísticos, atingindo um prédio residencial em Kharkiv e matando sete pessoas. Zelensky descreveu os ataques como uma tentativa de “humilhar os esforços diplomáticos”. Em resposta, bombardeios ucranianos em áreas ocupadas pela Rússia em Kherson e Donetsk mataram duas pessoas.
O debate sobre território e concessões continua. A Rússia ocupa cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a Crimeia (anexada em 2014) e partes de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia (anexadas em 2022). Steve Witkoff, enviado de Trump, expressou esperança em um “consenso” com Zelensky para retomar as negociações com a Rússia, afirmando que a Rússia fez “algumas concessões” territoriais no Alasca.
Uma fonte próxima às conversas indicou que Putin exige que a Ucrânia “abandone o Donbass” (Donetsk e Luhansk) e congele a frente de batalha em Kherson e Zaporizhzhia. Apesar de rejeitar concessões territoriais, Zelensky se mostrou disposto a discutir a questão em uma possível cúpula trilateral com Trump e Putin.
Garantia de segurança fora da OTAN
Em termos de garantias de segurança, Trump ofereceu a Kiev no último sábado (16), uma garantia similar ao Artigo 5 da OTAN, que estabelece um princípio da defesa coletiva no qual um ataque armado contra um ou mais membros da aliança, será considerado um ataque contra todos os membros.
Esta garantia se estenderia mesmo com a Ucrânia fora da aliança, uma medida que Moscou considera uma ameaça. O presidente francês questionou “até que ponto” os EUA contribuirão para essas garantias, enquanto Zelensky classificou a decisão dos EUA como “histórica”.
Diplomaticamente, os EUA não impuseram sanções adicionais a Moscou, e a recepção de Putin no Alasca foi vista como um ganho diplomático para o Kremlin.
*com informações da AFP