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‘Trump sempre amarela': conheça ‘TACO’, meme usado por brasileiros para ironizar presidente dos EUA

Termo tornou-se o um dos sete mais usados no Brasil, na rede social X, na última semana

O presidente dos EUA Donald Trump

O tarifaço aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros é um dos assuntos mais comentados na imprensa e nas redes sociais nas últimas semanas e com ele surgiu o termo “TACO”, sigla que resume a expressão “Trump Always Chickens Out” que, em tradução livre, significa “Trump sempre amarela”.

A expressão ganhou força por meio de memes após os EUA determinarem sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e tornou-se o um dos sete termos mais usados no Brasil, na rede social X, na última semana.

Usuários brasileiros adaptaram o apelido para ironizar a postura agressiva do presidente americano, sugerindo que, mais uma vez, ele poderia acabar voltando atrás.

Outro fator que contribuiu para a expressão ganhar novo fôlego foi a aplicação de sanções individuais do governo dos EUA contra Moraes com base na Lei Magnitsky — uma das legislações mais duras de Washington para punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

A medida foi publicada no site oficial do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.

Há três consequências para quem é colocado na lista de sancionados pela legislação:

  1. Proibição de viagem aos EUA;
  2. Congelamento de bens nos EUA e
  3. Proibição de qualquer pessoa ou empresa nos EUA de realizar transações econômicas com o indivíduo penalizado.

Origem do ‘TACO’

O termo TACO foi criado em maio de 2025 por Robert Armstrong, colunista do jornal britânico Financial Times, e rapidamente se espalhou por Wall Street (o principal centro financeiro dos Estados Unidos), ganhando força como piada entre investidores e analistas de mercado.

A expressão se refere a um suposto padrão observado desde o primeiro mandato de Donald Trump: o anúncio de medidas agressivas, especialmente na política comercial, seguido por recuos ou suavizações estratégicas.

Armstrong publicou a expressão em um artigo da série Unhedged (“Sem cobertura”), onde apontava que o governo dos EUA demonstrava “baixa tolerância a pressões econômicas e do mercado” — e que, diante de impactos negativos, tendia a voltar atrás. Ele chamou isso de “a teoria do Taco": “Trump Always Chickens Out”.

O chamado “TACO trade” virou uma estratégia entre investidores que compravam ações em queda logo após anúncios de tarifas, prevendo que o governo recuaria em breve — o que geralmente acontecia, impulsionando o mercado de volta para cima.

Antes da sigla se firmar, essa tendência de Trump já era reconhecida por termos como “recuo”, “ziguezague” ou “flip-flop”. Operadores do mercado chamavam o comportamento de “Trump put”, fazendo uma referência ao instrumento financeiro put option, usado para limitar perdas, numa analogia à forma como o próprio presidente “protegida” o mercado mudando de ideia sempre que a reação era negativa.

O termo TACO também foi referenciado após decisões sobre tarifas contra a China e a União Europeia.

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