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Saiba quem é María Corina Machado, opositora venezuelana que venceu o Nobel da Paz

Nascida em Caracas, na Venezuela, em 1967, María Corina Machado é a principal opositora de Nicolás Maduro, presidente do país

María Corina Machado chegou a ser presa na Venezuela

O Prêmio Nobel da Paz de 2025 veio para a América Latina: María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela. Ela foi laureada pelo comitê norueguês do Nobel por “seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

Ela receberá um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o que equivale a R$ 6,2 milhões, na cotação atual. “Como líder do movimento democracia na Venezuela, Maria Corina Machado é um dos mais extraordinários exemplos de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, afirmou o comitê.

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Quem é María Corina Machado?

Machado nasceu em Caracas, na Venezuela, em 1967, e, antes de ingressar na política, se formou em engenharia industrial. Tem especialização em finanças pelo Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA), uma das escolas de negócios mais prestigiadas da Venezuela, e se formou no programa de líderes mundiais em políticas públicas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Há pelo menos 25 anos, ela atua no cenário político. Em 2002, ela fundou a Súmate, um grupo voluntário que promove direitos políticos e monitora eleições.

Em 2012, ela criou o Vente Venezuela, partido do qual é coordenadora. María propõe uma doutrina econômica contrária ao socialismo, com o livre mercado, respeito à propriedade privada e ao Estado de Direito. Defende a privatização de empresas públicas, incluindo petrolíferas.

Segundo ela, seu objetivo com as medidas é “reduzir a pobreza” e “melhorar as condições da classe média”.

No ano passado, María Corina tentou se candidatar para as eleições na Venezuela, mas teve sua candidatura barrada. Em 2023, foi impedida de exercer cargos públicos por 15 anos pela Controladoria-Geral da República por “erros e omissões” em declarações de bens.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.