A Promotoria de Paris solicitou um novo processo contra o ator Gérard Depardieu por
Pedidos semelhantes já haviam sido feitos em agosto de 2024, mas foram invalidados por questões processuais.
De acordo com o Ministério Público, a solicitação foi feita na última terça-feira (22), pedindo o envio de Depardieu ao tribunal criminal departamental de Paris, onde deverá ser julgado pelos crimes supostamente cometidos contra Arnould nos dias 7 e 13 de agosto de 2018.
“Temos que aguardar a ordem de acusação do juiz de instrução. Já se passaram sete anos...”, escreveu Arnould em uma publicação no Instagram.
A promotoria já havia feito um pedido semelhante em agosto do ano passado. No entanto, a investigação foi reaberta após declarações de teor sexual e sexista feitas por Depardieu durante uma filmagem na Coreia do Norte, reveladas em um programa de TV em dezembro de 2023. As falas causaram polêmica na França.
Nas imagens, gravadas em um estábulo, o ator aparece fazendo comentários considerados misóginos e ofensivos, aparentemente direcionados a uma jovem que montava um cavalo. No dia 2 de outubro está marcada uma audiência para avaliar se as imagens foram manipuladas.
Além disso, em maio deste ano, Depardieu foi condenado a 18 meses de prisão com pena suspensa por agredir duas mulheres durante as gravações do filme Les Volets Verts, de 2021. O ator recorreu da sentença.
O advogado de Depardieu, Jérémie Assous, afirmou que o caso de Charlotte Arnould não tem fundamento. Segundo ele, vídeos de vigilância mostram a atriz beijando o ator por mais de 40 segundos, indicando o caminho até o quarto e subindo as escadas sozinha e sorrindo. Ainda segundo a defesa, no dia seguinte ela teria enviado uma mensagem dizendo que o amava e que nunca havia se sentido tão bem.
A defesa também afirma que Arnould perdeu credibilidade por já ter feito outras seis acusações de estupro e agressão contra pessoas diferentes, que não foram consideradas sérias pela Justiça.
Com mais de 200 filmes no currículo, Gérard Depardieu nega todas as acusações e segue alegando inocência.
* Com informações da AFP
* Sob supervisão de Lucas Borges