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Paquistão registra 200 mortos em 24h devido às chuvas torrenciais

Chuvas torrenciais intensas foram registradas na província de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, onde 180 pessoas morreram

Observadores se reúnem perto de uma ponte destruída após enchentes repentinas nos arredores de Muzaffarabad, capital da Caxemira administrada pelo Paquistão, em 15 de agosto de 2025

Ao menos 200 pessoas morreram em apenas 24 horas devido às chuvas torrenciais no norte do Paquistão, segundo um balanço divulgado pelas autoridades locais nesta sexta-feira (15). Cinco pessoas morreram devido à queda de um helicóptero durante os resgates.

O Paquistão é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Nos últimos anos, a população sofreu com as inundações, transbordamentos de lagos glaciais e secas que podem se multiplicar ao longo dos anos.

Vale lembrar que o Paquistão é o quinto país mais populoso do mundo.

Nas últimas 24 horas, chuvas torrenciais intensas foram registradas na província de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, onde 180 pessoas morreram.

“Minha casa fica em uma colina, perto de um riacho. Por volta das duas ou três da manhã, enquanto chovia torrencialmente, ouvi um grande barulho”, contou um habitante do distrito de Buner à AFP.

“Saí rapidamente com minha esposa e meus dois filhos e, imediatamente, uma avalanche de água irrompeu, arrastando tudo em seu caminho; achei que ia morrer”, relatou.

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Em Buner, ao menos 12 vilarejos foram gravemente afetados pelas chuvas. Dezenas de casas, escolas e prédios públicos foram danificados.

Um helicóptero MI-17 soviético levava mantimentos e material de resgate, mas “caiu devido ao mau tempo” antes de chegar a Bajaur, informou Ali Amin Gandapur, chefe de gabinete da província. “Os cinco membros da tripulação, incluindo dois pilotos, morreram”, acrescentou.

A autoridade provincial de gestão de desastres de Khyber-Pakhtunkhwa declarou vários distritos em sinistro, onde “equipes de resgate foram enviadas como reforço” para tentar acessar áreas de difícil acesso devido à sua geografia acidentada.

Outras nove pessoas morreram na Caxemira administrada pelo Paquistão, enquanto na Caxemira administrada pela Índia pelo menos 60 vítimas foram registradas em um vilarejo no Himalaia, e outras 80 pessoas continuam desaparecidas.

Além disso, cinco pessoas morreram na região de Gilgit-Baltistan, no extremo-norte do Paquistão, que abriga vários dos picos mais altos do mundo.

*Com AFP

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