O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou, nesta quarta-feira (15), que o exército israelense continua matando civis palestinos nas proximidades de áreas onde as tropas permanecem destacadas. De acordo com a agência, desde 10 de outubro, quando o cessar-fogo entrou em vigor, 15 palestinos foram mortos.
“As Forças Armadas israelenses permanecem vinculadas aos princípios de distinção, proporcionalidade e precaução do Direito Internacional Humanitário. Atacar civis que não participam diretamente das hostilidades constitui crime de guerra, independentemente do local do incidente e da proximidade com as linhas de mobilização acordadas”, afirmou o escritório em comunicado.
De acordo com a entidade, na manhã da última terça-feira (14), militares israelenses dispararam contra palestinos que tentavam retornar para casa em Ash Shuja’iya, no Leste da Cidade de Gaza, o que resultou na morte de três pessoas.
O ataque foi confirmado posteriormente pelo exército israelense. A corporação disse que as forças atiraram e mataram indivíduos no Norte de Gaza que cruzaram a “linha de retirada” após supostamente ignorarem um alerta israelense.
“A situação em Gaza continua precária e incerta. É imperativo garantir que o cessar-fogo se mantenha e avance rumo à recuperação e à plena realização do direito dos palestinos à autodeterminação”, disse Ajith Sunghay, chefe do Escritório de Direitos Humanos da ONU nos Territórios Palestinos Ocupados.
Desde o início do cessar-fogo, milhares de palestinos se deslocaram para as áreas de onde foram deslocados, o que inclui às próximas às forças terrestres israelenses restantes, que mantêm controle de mais de 50% de Gaza, incluindo quase toda Rafah e grande parte de Khan Younis, Beit Lahiya, Beit Hanoun, bem como partes da Cidade de Gaza.
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(Sob supervisão de Alex Araújo)