Museu do Louvre é reaberto parcialmente mesmo com greve

A administração informou que o ‘tour das obras-primas’, que inclui a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia, já está aberto ao público

Museu do Louvre

O Museu do Louvre foi reaberto parcialmente nesta quarta-feira (17), apesar da greve de funcionários que ocorre desde segunda-feira (15).

“Nem todas as áreas estão acessíveis, mas o museu está aberto e os primeiros visitantes estão entrando”, afirmou a administração da renomada galeria de arte parisiense à AFP.

A administração informou que o “tour das obras-primas”, que inclui a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia, já está aberto ao público.

Pouco antes, cerca de 300 funcionários votaram pelo segundo dia de greve nesta quarta-feira - após o primeiro dia na segunda-feira (15) - para exigir melhores condições de trabalho.

“As propostas do Ministério da Cultura foram consideradas insuficientes e inaceitáveis pelos funcionários”, escreveu o sindicato CGT no Instagram.

O primeiro dia da greve ocorreu na segunda-feira. A terça-feira é o dia de fechamento semanal do museu.

O Louvre, que recebeu quase nove milhões de visitantes em 2024, está no centro das atenções desde o roubo espetacular de 19 de outubro, quando quatro homens invadiram o local por uma janela e fugiram com diversas joias avaliadas em mais de 100 milhões de dólares (R$ 545 milhões) em poucos minutos.

Uma representante do sindicato CFDT, Valérie Baud, alertou especificamente sobre o risco de reabrir o museu nessas condições.

“Não seria aconselhável que a direção do Louvre colocasse em risco a segurança da instituição”, afirmou.

O museu também teve que fechar uma galeria em novembro devido à deterioração do edifício e sofreu um vazamento de água semanas atrás que danificou centenas de obras na biblioteca de Antiguidades Egípcias.

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Reunião com Ministério da Cultura

Os funcionários do museu protestam contra a falta de pessoal, a deterioração do prédio e o aumento do preço dos ingressos para não europeus, segundo os sindicatos.

No final de novembro, o Louvre decidiu aumentar o preço da entrada para residentes de fora do Espaço Econômico Europeu. A partir de 14 de janeiro, eles terão que pagar 32 euros (R$ 205, na cotação atual), em vez dos atuais 22 euros (R$ 141), o que representa um aumento de 45%.

Jodie Bell, uma turista australiana de 51 anos, estava em frente à famosa pirâmide do lado de fora do museu nesta quarta-feira (17).

"É uma experiência cultural francesa inesperada!”, comentou, apontando para as faixas do sindicato.

O anúncio da prorrogação da greve foi recebido com algumas vaias, embora algumas pessoas tenham se mostrado solidárias.

“Não estou com raiva porque respeito os trabalhadores e eles devem defender seus direitos”, declarou Maximilian Cimander, um estudante alemão de 23 anos.

Uma reunião de emergência foi realizada na segunda-feira com representantes sindicais no Ministério da Cultura.

Além de cancelar o corte orçamentário planejado de 5,7 milhões de euros (36,5 milhões de reais) para o Louvre em 2026, o ministério propôs a redistribuição de funcionários e a abertura de processos seletivos específicos para cargos de recepção e vigilância do museu.

Também se comprometeu a pagar uma bonificação excepcional, enquanto os sindicatos exigem um aumento salarial permanente.

*Com AFP

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