De acordo com seis pesquisadores, após investigações do Congresso em 2021, a empresa contratou advogados para filtrar, editar e, em alguns casos, barrar estudos sobre segurança infantil. A equipe jurídica da Meta teria tentado criar uma “negação plausível” dos efeitos negativos da realidade virtual em menores.
Os depoimentos foram divulgados nessa terça-feira (9).
A ex-pesquisadora Cayce Savage afirmou que a Meta sabe que menores de idade usam suas plataformas de realidade virtual, mas ignora esse fato. Documentos internos mostram que, após vazamentos de informações por Frances Haugen, a companhia impôs regras para pesquisas sobre temas sensíveis, como infância, gênero, raça e assédio.
Os documentos indicam que menores de 13 anos burlavam restrições de idade. Um funcionário estimou que, em algumas salas virtuais, 80% a 90% dos usuários eram crianças.
A Meta nega as acusações. A porta-voz Dani Lever disse que as denúncias são uma “narrativa predeterminada e falsa” e que a empresa desenvolveu proteções para jovens usuários.
O pesquisador Jason Sattizahn declarou que ficou claro no Senado que a Meta só mudaria suas práticas se fosse pressionada pelo Congresso.
*Com agências
(Sob supervisão de Aline Campolina)