O líder do narcotráfico no Equador, Adolfo Macías, vulgo “Fito”, foi extraditado pelo governo equatoriano aos Estados Unidos, neste domingo (20).
Fito “foi retirado das instalações” da prisão de segurança máxima de La Roca, em Guayaquil. Segundo a AFP, ele saiu escoltado por militares “para os fins que correspondam no âmbito de um processo de extradição”.
Macías, considerado o maior traficante de drogas do Equador, havia sido recapturado em 25 de junho, após uma fuga de um presídio de segurança máxima em 2024.
Policiais e militares encontraram o chefão criminoso em um bunker construído sob uma residência luxuosa na cidade portuária de Manta, no sudoeste do Equador.
John Durham, promotor do Tribunal Federal do Distrito Leste do Brooklyn, em Nova York, afirmou que Macías “era um líder impiedoso e um traficante de drogas prolífico para uma violenta organização criminosa transnacional”.
Extradição voluntária
A Corte Nacional de Justiça, o supremo tribunal do Equador, informou que o líder da gangue Los Choneros aceitou sua extradição de maneira “livre e voluntária”, em uma audiência perante o tribunal equatoriano, da qual participou de maneira remota da prisão.
Fito é o primeiro equatoriano a ser extraditado por seu próprio país desde que essa possibilidade foi restabelecida em 2024, após um referendo organizado pelo presidente, Noboa, em meio à guerra contra o crime organizado.
A fuga do narcotraficante em 2024 levou Noboa a declarar um “conflito armado” interno no país que segue vigente e o permite enviar as forças armadas às ruas e prisões do país. Uma medida que lhe rendeu duras críticas de organizações de direitos humanos.
As organizações do tráfico de drogas se multiplicam no Equador, onde a taxa de homicídios cresceu de 6 para cada 100.000 habitantes em 2018 para 38 em 2024.