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Justiça decide que Google não precisa vender Chrome; empresa terá que compartilhar dados

Decisão do juiz federal Amit Mehta, dos Estados Unidos, impede punição severa pedida pelo Departamento de Justiça americano; empresa não poderá mais ter contratos de exclusividade

Google não será obrigado a vender seu navegador

Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu que o Google não será obrigado a vender seu navegador de internet, o Chrome, para diminuir seu poder no mercado de buscas online. No entanto, a empresa terá que aceitar novas regras, como o compartilhamento de informações com seus concorrentes e a proibição de contratos de exclusividade.

Entenda a decisão

A decisão do juiz Amit Mehta foi uma resposta a um processo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que acusava o Google de práticas ilegais para manter seu domínio nas buscas online. O governo americano queria uma punição dura, incluindo a venda do Chrome, mas o juiz considerou a medida exagerada.

Segundo Mehta, obrigar a venda de um ativo tão importante como o Chrome seria um exagero, já que a empresa não usou o navegador para práticas ilegais. A decisão, com 230 páginas, afirma que o Google não poderá mais fechar acordos que o coloquem como a única opção de busca em celulares e computadores.

O que muda na prática?

Com a nova regra, o Google terá que dividir informações com outras empresas que também oferecem serviços de busca. Isso pode aumentar a concorrência e dar mais opções para os usuários. No entanto, a empresa ainda poderá pagar para ser o buscador padrão em aparelhos, o que, segundo o juiz, evita prejuízos a outras companhias e aos consumidores.

Impacto no mercado

A notícia foi bem recebida pelos investidores. As ações da Alphabet, empresa-mãe do Google, subiram 6,2% em Wall Street logo após o anúncio. O juiz também destacou que o mercado de tecnologia está mudando rapidamente com a chegada da inteligência artificial, o que pode trazer novos desafios para o domínio do Google no futuro.

O que isso significa para quem usa a internet?

Para o trabalhador que usa o celular ou computador no dia a dia, essa decisão pode trazer mudanças positivas. Com mais concorrência entre as empresas de busca, é possível que apareçam novas opções de navegadores e buscadores, dando mais escolhas para o usuário.

O Google continuará sendo uma opção, mas outras empresas terão mais chances de competir. Isso pode resultar em melhores serviços e até mesmo preços mais baixos para produtos relacionados à tecnologia. A decisão também protege o emprego de milhares de pessoas que trabalham em empresas parceiras do Google.

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Por que o caso foi importante?

O processo contra o Google durou anos e foi considerado um dos mais importantes casos antimonopólio dos últimos tempos. O governo americano argumentava que a empresa tinha poder demais no mercado de buscas online, prejudicando a concorrência.

A decisão do juiz Mehta encontrou um meio-termo: reconheceu que o Google tem uma posição dominante, mas evitou uma punição que poderia causar grandes mudanças no mercado de tecnologia. Com a chegada da inteligência artificial, o cenário pode mudar ainda mais nos próximos anos.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.