A fortuna da elite global, que corresponde a 1% da população, aumentou mais de US$ 33,9 trilhões desde 2015, segundo análise da Oxfam. O valor seria suficiente para eliminar a pobreza global anual 22 vezes.
Ainda segundo o estudo, a riqueza de apenas 3 mil bilionários cresceu US$ 6,5 trilhões no mesmo período e agora equivale a 14,6% do
Os dados são do relatório “Do Lucro Privado ao Poder Público” realizado pela empresa de análise de mercado Dynata entre maio e junho de 2025. A nova análise ainda revelou o “aumento astronômico da riqueza privada global” entre 1995 e 2023, quando a riqueza privada global cresceu US$ 342 trilhões – 8 vezes mais que a riqueza pública, que aumentou apenas US$ 44 trilhões.
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Para a diretora executiva da Oxfam Brasil, Viviana Santiago, o Brasil é “um retrato escancarado do fracasso do atual modelo de desenvolvimento global, que prioriza lucros privados em vez do bem-estar coletivo”, disse Viviana Santiago, que defende a urgência de um pacto global baseado em “justiça tributária”, “fortalecimento do setor privado” e “reparação histórica”.
O relatório também identificou que os governos estão realizando os maiores cortes em ajuda humanitária desde o início dos registros. Responsáveis por 75% da ajuda oficial, os países do G7 vão reduzir seus repasses em 28% até 2026, identificou o relatório.
Em meio a isso, a crise da dívida faz com que países entrem em falência. Assim, 60% dos países de baixa renda estão à beira do colapso, gastando mais com credores do que com saúde e educação.
Segundo o relatório, o cenário pode levar a 2,9 milhões de mortes adicionais por HIV/AIDS até 2030. Diante do cenário, a Oxfam pede novas alianças para combater a desigualdade, revitalizar a ajuda humanitária, taxar os super-ricos e priorizar o setor público sobre o privado.