A saúde mental de crianças e adolescentes no mundo enfrenta uma situação crítica, segundo relatório divulgado nessa quarta-feira (11) pela organização holandesa KidsRights. O estudo aponta a expansão das redes sociais como um dos principais agravantes. As informações são da AFP.
De acordo com dados levantados em parceria com a Universidade Erasmus de Roterdã, cerca de uma em cada sete pessoas entre 10 e 19 anos convive com algum transtorno mental.
Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights, afirmou que os dados são um alerta urgente. Ele destacou que as redes sociais, ao priorizarem o engajamento sem garantias de segurança, contribuem diretamente para o agravamento da situação.
O relatório, conhecido como KidsRights Index, é produzido anualmente e avalia os esforços de 194 países na promoção e proteção dos direitos da criança.
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A edição de 2025 identificou uma relação preocupante entre o uso excessivo das redes sociais e o comprometimento da saúde mental dos jovens. O relatório também aponta indícios de que o consumo exagerado de conteúdo digital está relacionado a tentativas de suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a taxa global de suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos é de 6 a cada 100 mil.
Apesar disso, o relatório alerta que medidas extremas, como proibir o acesso de menores às redes sociais — caso da Austrália —, podem ferir direitos fundamentais, como o acesso à informação. A recomendação da KidsRights é por uma abordagem mais equilibrada, que proteja sem excluir, promovendo acesso a conteúdos educativos e prevenindo o isolamento.
*com informações de AFP