Apesar do anúncio da Síria da retirada de tropas, a violência segue acontecendo na Sueida, no sul do país, onde chegaram combatentes sunitas de outras áreas do país para enfrentar a minoria drusa, segundo a Agence France Presse.
Combatentes de ambos os lados confirmaram trocas de tiros após diversos confrontos que deixaram quase 600 mortos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
O presidente interino da
O Observatório Sírio relatou “confrontos ao oeste de Sweida entre combatentes tribais e beduínos de um lado, apoiados pelas autoridades, e combatentes drusos do outro”.
O governo sírio enviou forças à região na terça (15) com o objetivo de encerrar os confrontos, porém, grupos drusos e testemunhas acusaram as forças sírias de lutar ao lado dos beduínos.
O conflito teve intervenção de Israel, que bombardeou o
Os combatentes das tribos árabes sunitas, que viajaram de várias regiões da Síria para apoiar os beduínos, estavam concentrados nesta sexta-feira em várias localidades ao redor de Sweida, segundo correspondentes da AFP.
Um correspondente da AFP observou casas, lojas e carros queimados ou ainda em chamas na cidade drusa de Walgha, agora sob o controle de forças tribais e beduínas.
‘Situação catastrófica’
A cidade de Sueida sofre com escassez de água e eletricidade devido ao conflito. “A situação é catastrófica, não há nem leite em pó para bebês”, disse o editor-chefe do portal de notícias Suwayda 24, Rayan Maaruf, à AFP.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu nesta sexta-feira uma investigação rápida sobre a violência.
“O derramamento de sangue e a violência devem cessar, e a proteção de todas as pessoas deve ser a prioridade absoluta. Devem acontecer investigações independentes, rápidas e transparentes sobre todas as violações e os responsáveis devem prestar contas”, declarou Türk.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou o envio de ajuda humanitária para o local.