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Califórnia pede à Justiça que bloqueie o envio de tropas militares a Los Angeles

O envio de quatro mil membros da Guarda Nacional e setecentos fuzileiros navais intensificou ainda mais os protestos que ocorrem na Califórnia desde o fim de semana

Protesto em Los Angeles

O estado da Califórnia pediu à Justiça nesta terça-feira (10) que bloqueie com urgência o envio de tropas militares a Los Angeles, onde ocorrem protestos contra o Serviço de Imigração dos Estados Unidos. A ordem do envio de militares foi do presidente Donald Trump.

“Enviar combatentes de guerra às ruas não tem precedentes e ameaça os fundamentos da nossa democracia [...] Donald Trump se comporta como um tirano, e não como um presidente. Pedimos ao tribunal que bloqueie imediatamente essas ações ilegais”, disse Gavin Newsom, governador da Califórnia.

Desde sexta-feira (6), Los Angeles é tomada por protestos. Desde o início, o número de militares patrulhando pela cidade cresce cada vez mais.

O envio de quatro mil membros da Guarda Nacional e setecentos fuzileiros navais intensificou ainda mais os protestos.

“Para dizer sem rodeios, não há invasão nem rebelião em Los Angeles; há tumultos civis que não ocorrem dos episódios que ocorrem regularmente em comunidades de todo o país e que são contidos pelas autoridades estaduais e locais trabalhando em conjunto”, dizia Newsom, em documento assinado junto à Procuradoria da Califórnia.

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Para Gavin Newsom - que disse que processará Trump pelo envio da Guarda Nacional -, o republicano que provocar o caos na cidade.

Essa foi a primeira vez desde 1965 que Guarda Nacional é mobilizada passando por cima da autoridade de um governador. A legislação americana proíbe o uso de Exército como força policial.

Ao menos 60 pessoas foram presas durante os protestos em São Francisco. Já em Los Angeles, 56 pessoas foram detidas. As manifestações são contra o ICE, o serviço de imigração dos Estados Unidos, que tem promovido deportações em massa no país.

*Com AFP

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.