Dezenas de disparos foram efetuados em Bondi Beach, em Sydney, na Austrália, neste domingo (14), deixando diversas vítimas e, pelo menos, 10 mortos. O ataque ocorreu pouco depois das 18h40 no horário local — 4h40 da manhã no Brasil. Moradores relataram a chegada de diversas viaturas policiais e centenas de pessoas correndo para longe da praia. As informações são do Sydney Morning Herald.
Segundo a Polícia de Nova Gales do Sul, entres os mortos, está um homem que seria um dos atiradores. Em nota, a corporação informou que o segundo suposto atirador está em estado grave. Até o momento, entre os feridos, estão dois policiais.
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De acordo com as autoridades, homens armados abriram fogo, enquanto centenas de moradores de Sydney participavam do evento Chanukah by the Sea, que marcava o início da festividade judaica. Há relatos de que até 50 tiros tenham sido ouvidos na região.
O Serviço de Ambulâncias de Nova Gales do Sul (NSW Ambulance) informou, em atualização divulgada às 20h40, que 16 pacientes foram levados para hospitais em diferentes regiões de Sydney,
Testemunhos
Vladimir Kotlyar, capelão judeu do Serviço Estadual de Emergência, estava no evento com o filho. “Balões, música, parede de escalada para crianças, churrasco”, relatou ao jornal Sydney Morning Herald.
Segundo ele, dois homens armados chegaram e começaram a atirar. Kotlyar se jogou no chão para proteger o filho. A pessoa ao lado dele foi atingida no ombro e caiu ferida sobre ele. Veterano do exército russo nos tempos da União Soviética, Kotlyar afirmou: “E mesmo assim, nunca vi nada como isso”.
Imagens feitas no local mostram ainda um homem desarmando um dos atiradores em um ato de coragem que pode ter salvado vidas. O homem avançou sorrateiramente pelo estacionamento da Campbell Parade, se abaixando atrás de carros, até conseguir imobilizar o suspeito que disparava um rifle a partir de uma área gramada.
Reações
O Conselho Nacional de Imãs da Austrália divulgou nota condenando o ataque e convocando o país e a comunidade muçulmana australiana a “se unirem em unidade, compaixão e solidariedade, rejeitando a violência em todas as suas formas”. A entidade afirmou reconhecer “a dor, o medo e a angústia sentidos por toda a comunidade” e expressou “sincera compaixão e apoio a todos que estão de luto”. “Esses atos de violência não têm lugar em nossa sociedade”, diz o comunicado.
