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Jornal da Itatiaia - 1ª Edição

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Eleições que podem mudar o rumo do Suriname acontecem neste domingo

O país passa por altas dívidas, inflação e pobreza, que afeta quase uma em cada cinco pessoas

O Suriname escolhe 51 membros de seu parlamento neste domingo (25)

Neste domingo (25), o Suriname vota para renovar seu Parlamento, responsável por escolher o próximo presidente e mudar a rota do país, um dos mais pobres da América do Sul. A nação é a menor da América do Sul, com 600 mil habitantes, e o único país que tem o holandês como idioma oficial. O país passa por altas dívidas, inflação e pobreza, que afeta quase uma em cada cinco pessoas.

Um parlamento com 51 membros, que será responsável eleger um presidente e um vice-presidente para os próximos cinco anos dentro de algumas semanas. O atual presidente, Chan Santokhi, que está no final do mandato, pode disputar um segundo mandato, de acordo com a Constituição, mas pesquisas não o apontam como favorito e nenhum dos 14 partidos parece ter uma vantagem clara no pleito.

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Quem assumir o comando do país terá uma grande oportunidade. Especialistas dizem que o Suriname pode ganhar bilhões de dólares nos próximos 10 a 20 anos após a descoberta de reservas de petróleo em alto-mar.

No ano passado, o grupo francês TotalEnergies anunciou um projeto de US$ 10,5 bilhões (R$ 59,44 bilhões) para explorar o campo de petróleo GranMorgu em águas profundas do Suriname nos próximos quatro anos, com uma capacidade de produção estimada em 220.000 barris por dia.

A produção deve começar em 2028 e o país criou um fundo soberano semelhante ao da Noruega para economizar dinheiro para dias difíceis.

Disputa

Quatorze partidos políticos participam das eleições neste domingo, incluindo o centrista Partido da Reforma Progressista (VHP) de Santokhi e o Partido Nacional Democrático (NDP), do ex-ditador que se tornou presidente Desi Bouterse, que morreu no final do ano passado.

Também está na disputa o Partido de Libertação Geral e Desenvolvimento (APOB), do vice-presidente Ronnie Brunswijk, guerrilheiro que se rebelou contra o regime de Bouterse na década de 1980.

Santokhi entra na corrida após enfrentar críticas por suas medidas de austeridade e aumentos de impostos como parte de um esforço de reestruturação solicitado pelo Fundo Monetário Internacional.

Em uma atitude criticada como oportunismo político, o presidente anunciou recentemente o programa “Royalties Voor Iedereen” (RVI, sigla em holandês, Royalties para todos), que daria a cada cidadão um bônus de US$ 750 (R$ 4.240) parte das futuras receitas do petróleo, com uma taxa de juros de 7%.

“Todos se beneficiarão desta oportunidade e ninguém ficará de fora”, prometeu o presidente em novembro.

50 anos de independência

O Suriname, um país diverso formado por descendentes de indianos, chineses, holandeses, indonésios, grupos indígenas e escravizados africanos, celebrará seu 50º aniversário de independência do trono holandês em novembro.

Desde sua emancipação, o país tem cada vez mais visto a China como aliada política e parceira comercial. Foi um dos primeiros países latino-americanos a aderir ao megaprojeto da Rota da Seda em 2019.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, esteve no Suriname em março durante uma viagem à América Latina com o objetivo de combater a crescente influência chinesa na região.

Segundo Giovanna Montenegro, especialista em América Latina da Universidade Binghamton, em Nova York, “os Estados Unidos ignoraram o Suriname como parceiro estratégico na América do Sul e no Caribe”.

Mais de 90% do país é coberto por florestas, tornando-o um dos poucos no mundo com pegada de carbono negativa. (Com AFP)

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