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Ataque aéreo russo deixa ao menos 12 mortos na Ucrânia; país reage com drones em Moscou

É a segunda noite de bombardeios em larga escala; países também concluíram maior troca de prisioneiros desde o início do conflito

Ataque russo deixa 12 mortos na Ucrânia antes da conclusão da troca de prisioneiros

A Ucrânia sofreu na madrugada deste domingo (25) mais uma série de ataques aéreos da Rússia, que deixaram ao menos 12 mortos e dezenas de feridos, incluindo crianças. Ao mesmo tempo, Moscou registrou a chegada de drones ucranianos, o que forçou o fechamento temporário de aeroportos na capital russa.

Foi a segunda noite consecutiva de bombardeios em larga escala, com alvos em várias regiões da Ucrânia, principalmente a capital, Kiev. Segundo a Força Aérea ucraniana, foram derrubados 45 mísseis e 266 drones russos. “Ataques foram registrados em 22 locais diferentes”, informou o Exército.

Na região de Kiev, os serviços de emergência descreveram o cenário como uma “noite de terror”. Quatro pessoas morreram e 16 ficaram feridas, entre elas três crianças. Uma das vítimas relatou à imprensa que destroços de um míssil atingiram o travesseiro onde uma criança costumava dormir.

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Outras mortes ocorreram nas regiões de Mykolaiv, Khmelnytskyi e Zhytomyr. Nesta última, três crianças, de 8, 12 e 17 anos, morreram após um bombardeio.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, voltou a pedir que os aliados ocidentais aumentem a pressão contra a Rússia. “Sem uma pressão realmente forte sobre as autoridades russas, a brutalidade não pode ser detida. As sanções certamente ajudarão”, declarou.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, condenou os ataques. “É horrível ver crianças entre as vítimas inocentes. A Rússia está decidida a aumentar o sofrimento e aniquilar a Ucrânia”, afirmou.

Drones ucranianos

Em resposta, drones ucranianos chegaram a Moscou neste domingo, segundo o prefeito Sergey Sobyanin. Não houve registro de vítimas, mas quatro aeroportos da capital, incluindo Sheremetyevo, suspenderam temporariamente os voos por segurança.

Troca de prisioneiros

Apesar da escalada do conflito, Ucrânia e Rússia concluíram neste domingo a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, há mais de três anos. Foram trocados ao todo 1.000 prisioneiros de cada lado, em três dias de operação, com negociações ocorridas na Turquia.

O Ministério da Defesa russo informou que a última etapa envolveu 303 soldados de cada lado. Além de prisioneiros, também houve a troca de corpos de militares mortos em combate.

Essa cooperação pontual contrasta com a intensificação da violência e a ocupação de cerca de 20% do território ucraniano por forças russas. O chanceler russo, Sergey Lavrov, disse que Moscou está preparando uma proposta de “acordo duradouro” para apresentar à Ucrânia após a conclusão da troca.

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