O primeiro-ministro de Portugal, o direitista moderado Luís Montenegro, venceu as
Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), obteve 32,7% dos votos. O Partido Socialista ficou em segundo lugar, com 23,4%, seguido de perto pelo partido de extrema direita Chega, com 22,6%. A coalizão liderada por Montenegro conquistou 89 cadeiras das 230 no Parlamento — número ainda distante dos 116 necessários para maioria absoluta.
Apesar do avanço da extrema direita, Montenegro, que tem 52 anos e é advogado, já descartou qualquer tipo de aliança com o Chega. Segundo ele, o partido é “pouco confiável” e “inapto para governar”.
A instabilidade política preocupa aliados internacionais. Portugal é membro da União Europeia e da Otan, e o impasse acontece num momento em que o bloco europeu enfrenta tensões comerciais e trabalha para reforçar sua segurança.
Crise política e desgaste com a população
As eleições antecipadas foram convocadas após o próprio
Durante a campanha, Montenegro tentou rebater as acusações. “Ninguém jamais foi tão transparente quanto eu”, disse, ao ser criticado pelo socialista Pedro Nuno Santos, que o acusou de misturar negócios com política.
Extrema direita em alta
O Chega, fundado em 2019, tem crescido rapidamente, impulsionado por pautas como controle da imigração e ética na política. O líder do partido, André Ventura, ex-comentarista esportivo de 42 anos, enfrentou problemas de saúde na reta final da campanha e chegou a desmaiar duas vezes diante das câmeras.
Com a nova composição do Parlamento indefinida até a contagem dos votos das circunscrições no exterior, que deve acontecer nos próximos dias, a possibilidade de um impasse político se repete. “Precisamos de uma liderança estável que nos permita superar as incertezas”, declarou Montenegro, apelando aos eleitores indecisos.