Ucrânia está disposta a negociar com a Rússia após um cessar-fogo, diz Zelensky

Declaração antecede uma nova reunião entre os Estados Unidos, a Ucrânia e países europeus em Londres, marcada para quarta-feira (23)

Volodomir Zelensky, presidente da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou, nesta terça-feira (22), estar disposto a negociar diretamente com a Rússia para encerrar a guerra entre os dois países, desde que um cessar-fogo entre em vigor.

A declaração antecede uma nova reunião entre os Estados Unidos, a Ucrânia e países europeus em Londres, marcada para quarta-feira (23), que tem como objetivo alcançar uma trégua após mais de três anos de guerra.

“Após um cessar-fogo, estamos dispostos a nos sentar [para negociar] em qualquer formato”, declarou Zelensky em uma coletiva de imprensa em Kiev.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia afirmado, na segunda-feira (21), uma possível retomada das negociações diretas com Kiev para abordar uma trégua nos bombardeios contra infraestruturas civis.

As últimas negociações diretas entre Moscou e Kiev ocorreram durante a primavera de 2022, no início da invasão lançada pelo Kremlin, mas não interromperam o conflito.

Atualmente, os Estados Unidos mantêm diálogos em separado com Ucrânia e Rússia.

O conselheiro diplomático de Putin, Yuri Ushakov, anunciou, nesta terça-feira, que Steve Witkoff, negociador do presidente americano, Donald Trump, planejava visitar a capital russa nesta semana.

Caso seja confirmado, será a quarta vez de Witkoff na Rússia desde a retomada das relações entre Washington em Moscou iniciada por Trump em meados de fevereiro.

O presidente americano, que quer encerrar o conflito o mais rápido possível, disse no domingo que esperava um acordo “esta semana” entre Rússia e Ucrânia, sem revelar detalhes.

Durante o fim de semana, ambas as partes trocaram acusações de violações do cessar-fogo de Páscoa. Desde então, o exército russo retomou seus ataques à ex-república soviética.

A Rússia pede a rendição da Ucrânia, que rejeite aderir à Otan e que Moscou mantenha as cinco regiões ucranianas que anexou. Estas condições são inaceitáveis para Kiev e seus aliados. (Com AFP)

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