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Papa Francisco teve ‘morte discreta’ e agradeceu assistente, diz Vaticano

Em seus últimos momentos, o pontífice agradeceu ao enfermeiro que o conduziu ao encontro dos fiéis e partiu sem sofrimento

Papa Francisco agradeceu ao seu enfermeiro, que o ajudou a surpreender os fiéis na Praça de São Pedro no último domingo (20)

Em sua última aparição pública, Papa Francisco surpreendeu cerca de 35 mil fiéis na Praça de São Pedro com um breve passeio de papamóvel — a primeira saída desde sua internação por pneumonia bilateral — e faleceu horas depois.

Ao retornar ao Vaticano, já no início da madrugada, o pontífice, visivelmente enfraquecido, trocou um olhar com seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, e sussurrou: “Obrigado por me trazer para a praça”. Segundo a Sala de Imprensa do Vaticano, foram as últimas palavras de Francisco antes de sofrer um súbito mal-estar.

Durante todo o domingo, o papa manteve-se ativo: abençoou bebês apresentados por seus auxiliares, ouvindo o coro de “viva il papa” entoado pelos presentes. Apesar de recomendado a um repouso prolongado de dois meses pelos médicos após o tratamento pulmonar, Jorge Mario Bergoglio optou por contrariar as ordens médicas e compartilhou mais um momento de proximidade com o público.

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Por volta das 5h30 da manhã (horário de Roma) desta segunda-feira (21), Francisco jantou tranquilamente e, pouco mais de uma hora depois, fez com a mão um último gesto de despedida ao enfermeiro. Em seguida, entrou em coma. “Ele não sofreu e tudo aconteceu muito rápido”, declarou o porta‑voz oficial.

O Vaticano ressalta que o papa de 88 anos morreu “tendo abraçado novamente o povo, depois de um longo tempo”. Mais tarde nesta segunda-feira (21), o Vaticano informou que Francisco sofreu um AVC seguido de parada cardíaca.

* Sob supervisão de Enzo Menezes

Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas