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Microempresários dos EUA sentem impacto de tarifaço de Trump

Aumento de preços e incerteza econômica afetam pequenos negócios americanos

Microempresários nos Estados Unidos sentem o impacto da enxurrada de tarifas lançadas por Donald Trump

Salões de beleza, lojas de materiais de construção, lojas de festas... as pequenas empresas nos Estados Unidos sentem o impacto da enxurrada de tarifas lançadas por Donald Trump durante seus primeiros 100 dias na Casa Branca.

Em sua loja de festas localizada no subúrbio de Los Angeles, Califórnia, Patricia Loperena já começou a sentir o impacto da política comercial do presidente, não apenas com o aumento de preço de suas matérias-primas e produtos, mas também com a contenção de gastos por parte dos clientes em meio à incerteza econômica. “As pessoas pararam de gastar e, em vez de fazer uma grande festa, estão fazendo uma bem menor”, disse a microempresária de 45 anos.

Desde que assumiu a presidência, Trump mantém uma indecisão em relação às tarifas: aumenta e diminui, ativa e suspende, ameaçando países vizinhos como México e Canadá. O alvo principal foi a China que recebeu tarifas que chegaram a 145%.

Porém os revendedores, prestadores de serviços e comerciantes estadunidenses que dependem de importações também sentem dificuldades diante da indefinição em relação às tarifas."Tudo vem do exterior, da China, de Taiwan”, diz Ángel De Luna, 28 anos, em sua loja de máquinas de costura e aspiradores de pó. As tarifas são vistas como uma grande ameaça para empresas como a sua, que sobrevivem principalmente de reparos e serviços.

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O empresário Marcos Ochoa, dono de uma loja de jardinagem e ferramentas que importa principalmente do Japão e da Europa, votou no republicano porque o considerava bom para os negócios. Atualmente se preocupa com a incerteza: “Não sabemos o que esperar, não sabemos se vamos comprar por preços mais altos”, declarou.

Ochoa disse que esperava tarifas, mas não tão “altas” ou como uma ferramenta para ameaçar aliados como o Canadá, que, junto com o México, compartilha um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. “Ele era bom há quatro anos, mas agora, não sei”, diz. “Está fazendo muitos inimigos, isso é certo”. pontuou o comerciante.

*Com informações de AFP

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.