Um juiz da Suprema Corte de Los Angeles suspendeu na quinta-feira (17) a audiência que poderia abrir caminho para a revisão da sentença de prisão perpétua dos irmãos Erik e Lyle Menendez, condenados em 1994 por assassinarem os próprios pais. A nova data para o julgamento de moções foi marcada para 9 de maio.
O motivo da suspensão foi a necessidade de analisar se um novo relatório da Comissão de Liberdade Condicional do estado da Califórnia poderá ser incluído no processo. O documento traz uma avaliação de risco sobre os irmãos, que cumprem pena há 31 anos.
Irmãos Menendez podem ser soltos? Entenda tudo o que se sabe sobre o caso A possibilidade de reavaliar a sentença reacende um debate delicado. Se admitido no processo, o relatório pode tornar os irmãos elegíveis para liberdade condicional — um cenário que vem sendo duramente criticado pelo Procurador do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman.
Fora do tribunal, o advogado de defesa, Mark Geragos, anunciou que pretende apresentar uma moção pedindo o afastamento de Hochman do caso. “Com base na análise que fizemos, com base em moções que apresentei nos últimos 25 anos e ganhei neste condado, esta é uma moção de afastamento tão justa quanto todas que eu já tive.”, afirmou Geragos.
A moção também será discutida na audiência do dia 9 de maio.
O Crime
O crime cometido por Erik e Lyle, em 20 de agosto de 1989, chocou os Estados Unidos não apenas pela brutalidade, mas pelo perfil dos envolvidos. Os irmãos, à época com 18 e 21 anos, eram filhos de José Menendez, um executivo influente da indústria do entretenimento, e viviam com a família em uma mansão em Beverly Hills. Foram condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional.
O caso que chocou os Estados Unidos na década de 1990 e voltou aos noticiários no ano passado com o lançamento das séries documentais