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Estados Unidos enviam o maior porta-aviões do mundo para o Caribe

Presença do porta-aviões nuclear Gerald R. Ford aumenta a tensão dos Estados Unidos com a América Latina, especialmente a Venezuela

Porta-aviões Gerald R. Ford pode abrigar mais de 75 aeronaves militares

Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (24), que vão enviar o porta-aviões Gerald R. Ford, o maior navio do tipo do mundo, para o mar do Caribe. Segundo o governo do presidente Donald Trump, a medida foi tomada seguindo as diretrizes para combater organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo.

O envio do porta-aviões representa uma escalada na tensão entre os Estados Unidos e alguns países da América Latina, em especial a Venezuela. Na semana passada, Trump inclusive anunciou que autorizou operações da Agência Central de Inteligência (CIA) contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

De acordo com o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, a presença reforçada da marinha americana amplia a capacidade dos Estados Unidos de “detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos” que comprometem a segurança interna. “Essas forças aprimoraram e ampliaram as capacidades existentes para desmantelar o tráfico de narcóticos e desmantelar as organizações terroristas transnacionais”, disse.

O Gerald R. Ford, movido por um reator nuclear, pode abrigar mais de 75 aeronaves militares, incluindo aviões de combate como os jatos F-18 Super Hornet e o E-2 Hawkeye. O navio também possui um arsenal de mísseis, como armamento de médio alcance usado para combater drones e aeronaves.

O grupo do porta-aviões estava atracado perto do porto de Split, na Croácia, a mais de 8 mil quilômetros do Caribe. O deslocamento para o mar da região ainda deve levar dias antes de qualquer ataque na região.

O porta-aviões é escoltado por navios de apoio, como o cruzador Ticonderoga Normandy, e os contratorpedeiros Arleigh-Burke Thomas Hudner, Ramage, Carney e Roosevelt.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.