As séries “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais” e “O Caso dos Irmãos Menedez” trouxeram à tona uma polêmica em relação ao caso de Lyle e Erik Menendez, que assassinaram os pais em 1989, aos 18 e 21 anos, respectivamente. Após 30 anos do caso, os irmãos podem ser soltos depois de um pedido da procuradoria de Los Angeles, segundo a Folha de São Paulo.
Os irmãos assassinaram os pais, José e Kitty Menendez, a tiros na mansão da família em Beverly Hills, nos Estados Unidos, em 20 de agosto daquele ano. Em seguida, compraram ingressos para um filme no cinema, como forma de álibi.
Em 1994, os dois foram condenados à prisão perpétua por homicídio e seguem presos até hoje, após dois julgamentos de grande repercussão, principalmente devido à fama do pai, que era executivo da gravadora RCA e lançou vários artistas latinos, incluindo a famosa banda Menudo.
Novas evidências, no entanto, mostram que Lyle e Erik eram abusados pelo pai física, sexual e emocionalmente, tudo com a cumplicidade da mãe. Por isso, eles teriam cometido o crime. Após a grande repercussão das séries documentais, nessa quinta-feira (24), o promotor de Los Angeles, George Gascón, pediu à Justiça que reavalie a pena dos dois, o que pode conceder liberdade aos irmãos.
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O crime
Era 20 de agosto de 1989, quando Erik e Lyle assassinaram Kitty e José com tiros de espingarda na sala de casa. Eles deram tiros nos joelhos dos dois, tentando sugerir que o crime teria sido cometido pela máfia, e, em seguida, compraram ingressos para um filme. Próximo da meia-noite, Lyle ligou chorando para a polícia dizendo que os pais foram mortos.
A reviravolta veio quando a amante do psicólogo dos irmãos escutou os dois confessando ao profissional que haviam matado os pais e, então, avisou a polícia, com gravações da confissão.
Na Corte, em 1993, a dupla trouxe à tona os casos de abuso sexual e emocional e violências cometidas pelo pai. Eles afirmaram que mataram os pais para proteger a própria vida, uma vez que foram ameaçados por José dias antes do crime.
No primeiro julgamento, dois primos da dupla disseram que sabiam dos abusos. Porém, esse foi anulado porque os irmãos foram julgados separados e o júri havia ficado dividido nos dois casos. Eles voltaram a júri popular, e a Justiça proibiu que a defesa explorasse o argumento de abuso e que incluíssem os primos entre as testemunhas.
Novas evidências
Neste ano, depois do lançamento das séries, veio à tona uma carta de Erik para um primo relatando os abusos, em 1988. Além disso, Roy Rosselló, ex-Menudo, contou que foi estuprado por José Menendez quando era adolescente e pediu a soltura dos irmãos.
Ainda não se sabe se a dupla será solta, uma vez que cabe à Justiça decidir. O prazo para a decisão deve demorar semanas.