O presidente Donald Trump assinou nesta quinta-feira (20) uma ordem executiva para acabar com o Departamento de Educação dos Estados Unidos.
‘Fechar o Departamento de Educação daria às crianças e suas famílias a oportunidade de escapar de um sistema que está falhando com elas’, disse Trump na rede social X.
‘Todo mundo sabe que é certo. Temos que educar nossos filhos. Não estamos indo bem com o mundo da educação neste país e não estamos há muito tempo’, complementou.
A medida vem 10 dias após o anúncio da demissão em massa do número de funcionários federais do departamento.
Cercado de estudantes sentados em carteiras escolares em uma sala da Casa Branca, Trump assinou o decreto. Criado em 1979, o Departamento de Educação não pode ser fechado sem a aprovação do Congresso, mas o decreto de Trump pode privá-lo de palavras e funcionários.
Essa é uma das medidas da reforma do governo federal que o presidente realiza com a ajuda do magnata Elon Musk, rosto do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), que busca cortar os gastos públicos.
Democratas e educadores criticaram a decisão, que o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, chamou de “tomada de poder tirânica” e “uma das medidas mais destrutivas e devastadoras que Donald Trump já tomou”. Mas, segundo o presidente, o decreto vai permitir poupar fundos e aumentar os padrões de educação nos Estados Unidos, que, segundo ele, estão atrás da Europa e da China.
Declaração da secretária da Educação
Após a assinatura do decreto a secretária da Educação, Linda McMahon, divulgou uma declaração no site do departamento.
‘A Ordem Executiva de hoje é uma ação histórica do Presidente Trump para libertar futuras gerações de estudantes americanos e criar oportunidades para seu sucesso. Estamos enviando a educação de volta aos estados onde ela tão justamente pertence’.
‘Fechar o Departamento não significa cortar fundos daqueles que dependem deles — continuaremos a dar suporte a alunos do K-12, alunos com necessidades especiais, estudantes universitários tomadores de empréstimo e outros que dependem de programas essenciais. Vamos seguir a lei e eliminar a burocracia de forma responsável, trabalhando no Congresso para garantir uma transição legal e ordeira.
Com a ação de hoje, damos um passo significativo para dar aos pais e estados o controle sobre a educação de seus filhos. Os professores serão libertados de regulamentações e papeladas onerosas, capacitando-os a voltar a ensinar matérias básicas. Os contribuintes não serão mais sobrecarregados com dezenas de bilhões de dólares de desperdício em experimentos sociais progressivos e programas obsoletos. Os alunos do ensino fundamental e médio e da faculdade serão aliviados do trabalho penoso causado por encargos administrativos — e posicionados para alcançar o sucesso em uma futura carreira que amam’, disse a secretária.