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Prefeito de Nova York anuncia que irá fechar abrigo de migrantes criado no governo Biden

O centro de acolhimento, que funciona em um hotel em Manhattan, foi inaugurado durante a crise migratória de 2022 e chegou a atender 232 mil migrantes

Eric Adams, prefeito de Nova York.

O prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciou nesta segunda-feira (24) que o abrigo para migrantes, que funciona em um hotel em Manhattan, irá ser fechado nos próximos meses.

O espaço, inaugurado em 2023, tinha previsão de receber 3 mil pedidos de asilo por semana, especialmente de latinos vindos da Venezuela.

De acordo com a prefeitura, no entanto, esse fluxo caiu para aproximadamente 350 pedidos semanais e, atualmente, há menos de 45 mil migrantes “sob os cuidados” da cidade, 24 mil a menos do que janeiro de 2024.

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Crise migratória

Durante a crise migratória do governo do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, em 2022, Nova York chegou a atender cerca de 232 mil imigrantes.

Deste total, 173 mil foram recebidos pelo Hotel Roosevelt, que oferecia assistência jurídica e atendimento médico aos migrantes.

Quando a unidade for fechada, essas funções, segundo a prefeitura, serão incorporadas a outras áreas do sistema de Nova York. “Embora não tenhamos terminado de atender aqueles que chegaram sob nossos cuidados, hoje [o fechamento do centro] representa outro marco que demonstra o imenso progresso que fizemos para transformar um esforço humanitário internacional sem precedentes”, declarou o prefeito.

Mudança na Casa Branca

Desde que retornou à presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, Donald Trump começou a “cumprir” promessas de campanha contra a imigração ilegal.

O republicano autorizou as autoridades estadunidenses a prenderem imigrantes ilegais em escolas e igrejas, locais considerados sensíveis. A medida revoga uma política do governo de Joe Biden e fez parte de um “pacote” de decisões de Trump para a imigração.

Adams fez ‘sinal’ para Trump

Mesmo sendo parte do partido Democrata, o prefeito de Nova York fez um aceno ao presidente Trump no início deste mês.

Eric Adams agradeceu publicamente ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos após Donald Trump ordenar que a promotoria federal retirasse as acusações de corrupção contra ele. Ele disse, em mensagem, que nunca infligiu a lei e também não pediu “ninguém para infringir a lei” em seu nome ou de sua campanha.

O prefeito da ala conservadora do partido Democrata foi indiciado em setembro de 2024 por suborno e fraude, por supostamente receber doações ilegais para a campanha eleitoral de 2021 e aceitar presentes de luxo em troca de favores de empresários e funcionários turcos. Em outubro, a promotoria anunciou que poderia ampliar as acusações.

Apesar dos diversos pedidos, Adams, que assumiu o cargo em janeiro de 2022, se recusou a renunciar, apesar da pressão dos democratas.

***Com informações de AFP.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.