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Justiça dos EUA rejeita recurso de TikTok contra venda forçada imposta pelo Congresso

A decisão pressiona o TikTok, já que o Congresso estabeleceu o dia 19 de janeiro para a implementação do texto votado em abril

Um tribunal de recursos dos EUA rejeitou nesta sexta-feira (6) o recurso da plataforma de vídeo TikTok que contestava a constitucionalidade de uma lei que exigia que ela se separasse de sua controladora chinesa, a ByteDance, ou enfrentaria a proibição de operar no país, de acordo com um processo judicial.

A decisão pressiona o TikTok, já que o Congresso estabeleceu o dia 19 de janeiro para a implementação do texto votado em abril. A lei, sancionada pelo presidente Joe Biden em abril, impediria a plataforma de ser listada em lojas de aplicativos e sites de hospedagem nos EUA se não cumprisse a lei.

No relatório jurídico de sexta-feira, um painel de três juízes rejeitou os principais argumentos do TikTok de que as preocupações com a segurança dos EUA que justificam a lei são especulativas.

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Eles também discordaram que alternativas menos drásticas para uma venda pela ByteDance resolveriam os problemas levantados pelo governo dos EUA.

Os juízes rejeitaram ainda o argumento do TikTok de que a lei se referia, na verdade, à censura de conteúdo e não à garantia da segurança nacional.

“Essa conclusão é apoiada por amplas evidências de que a lei é o meio menos restritivo de promover os interesses de segurança nacional do governo (dos EUA)”, afirmaram os juízes em apoio à sua opinião.

É provável que o caso vá agora para a Suprema Corte americana.

A possível proibição pode prejudicar as relações entre os EUA e a China, justamente quando o presidente eleito, o magnata republicano Donald Trump, se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro.

O governo dos EUA alega que a plataforma de compartilhamento de vídeos curtos, popular entre os jovens de todo o mundo, permite que o governo chinês colete dados privados e espione os usuários. Ele também alega que o TikTok é um canal para a divulgação de propaganda oficial. Tanto Pequim quanto a Bytedance rejeitam essas alegações.

Trump argumenta que uma proibição beneficiaria principalmente as plataformas de gigantes como a Meta (proprietária das redes Facebook e Instagram, entre outras), de propriedade do magnata Mark Zuckerberg.


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AFP
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