Safaa Ahmed, uma âncora de televisão síria, foi morta junto com outras duas pessoas em um ataque israelense noturno em Damasco, na madrugada desta terça-feira (1). Além do Líbano, alvo de uma incursão terrestre ‘limitada’ de Israel, outras quatro explosões também foram relatadas na cidade, que também é alvo recorrente de aviação israelense.
As informações foram confirmadas por uma TV estatal, que confirmou, também, a morte de três civis, incluindo a apresentadora de TV e outros nove feridos. As Forças Armadas de Israel não se pronunciaram sobre os ataques.
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“A Autoridade Geral para Rádio e Televisão anuncia a morte da âncora Safaa Ahmed como mártir após a traiçoeira agressão israelense à capital, Damasco”, disse o relatório. O Ministério da Defesa da Síria disse que os militares israelenses atacaram Damasco com drones e aviões por volta das 2 da manhã, horário local, da “direção das Colinas de Golã ocupadas”.
Embora não seja a primeira vez que Israel bombardeia locais na Síria desde o início dos confrontos na região, as recentes ações expõem o papel estratégico do país na integração entre membros do chamado “Eixo da Resistência”.
“Nossos sistemas de defesa aérea confrontaram os mísseis e drones da agressão e abateram a maioria deles”, disse o ministério em um comunicado.
A explosão ocorreu próximo ao prédio da Telecom da Síria, a oeste do aeroporto militar da cidade. Israel tem lançado ataques aéreos na Síria desde os ataques do Hamas em 7 de outubro do ano passado, mas na maioria das vezes não confirma as ofensivas no país.
A Síria ocupa uma localização central no Oriente Médio, fazendo fronteira com quatro países da região, além da Turquia. Ao longo do conflito, Israel apontou o território sírio como um canal de acesso usado pelo Irã para enviar armamentos para o movimento libanês Hezbollah. Apesar de Síria e Irã não compartilharem fronteira, estão separados apenas pelo Iraque — outro país com fronteira porosa e atividade de grupos do “Eixo da Resistência”