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Suspeitos de ataque terrorista em Moscou aparecem com marcas de tortura em tribunal

Kremilin negou as denúncias de tortura contra os investigados; ataque deixou 137 mortos em uma casa de shows da capital russa

Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Rachabalizoda, Mukhammadsobir Faizov e Shamsidin Fariduni apareceram com marcas de tortura em um tribunal de Moscou

Quatro suspeitos de realizarem um ataque terrorista em uma casa de shows em Moscou, capital da Rússia, na noite de sexta-feira (22), foram acusados formalmente pela corte distrital. O ataque deixou 137 mortos e cerca de 150 feridos.

Na noite de domingo (24), Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Rachabalizoda, Mukhammadsobir Faizov e Shamsidin Fariduni apareceram com marcas de tortura em um tribunal de Moscou. No julgamento, os quatro tiveram a prisão preventiva decretada. Eles ficarão presos até o julgamento, que pode ocorrer no dia 22 de maio. A pena pode chegar à prisão perpétua.

O Kremlin se recusou a comentar as denúncias de tortura, que apareceram com o rosto ensanguentado em vídeos e fotos publicados nas redes sociais. Em outro vídeo cuja autenticidade não foi confirmada, vê-se como uma pessoa fora de câmera corta uma orelha do que parece ser um dos suspeitos.

Durante a audiência, um dos suspeitos estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas, com os olhos fechados. Leonid Volkov, um opositor russo no exílio, disse nesta segunda-feira que a publicação desses vídeos é uma tentativa dos serviços de segurança russos “de desviar a atenção sobre sua impotência e fracasso”.

O atentado é um duro revés para Vladimir Putin, que prometeu segurança, em meio a um recrudescimento dos ataques ucranianos em solo russo e poucos dias após sua reeleição como presidente sem oposição para os próximos seis anos.

*Com informações da AFP

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