Em 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu misteriosamente do radar. Dez anos depois, ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o destino da aeronave e as operações de busca podem ser retomadas.
Nessa segunda-feira (4), há poucos dias do décimo aniversário da catástrofe, o primeiro-ministro malásio, Anwar Ibrahim, declarou que ficaria “feliz em relançar” as investigações caso apareçam provas convincentes.
O ministro malásio dos Transportes,
A aeronave, que transportava 239 pessoas, decolou de Kuala Lumpur, capital da Malásia, com destino a Pequim, na China. No entanto, o voo mudou sua rota original e desapareceu em uma área remota do Oceano Índico.
As buscas cobriram um território de 120.000 km², em uma das maiores operações da história e foi interrompida em janeiro de 2017.
Em 2018, a Ocean Infinity já havia retomado as buscas para encontrar a aeronave, mas também não obteve sucesso.
A região Oceano Índico onde se acredita que o avião tenha caído pode ter profundidade superior ao local onde foi encontrado o navio Titanic, no Oceano Atlântico, há 3,8 km abaixo do mar.
O desaparecimento continua sendo o maior mistério da aviação civil moderna.
Em novembro de 2023,
O que aconteceu com a Malaysia Airlines?
O avião perdeu contato com os controladores de tráfego aéreo cerca de 40 minutos após a decolagem, enquanto sobrevoava o mar do Sul da China.
Dados indicam que o avião caiu em uma área remota do Oceano Índico, próximo a Austrália e distante da sua rota original.
Alguns fragmentos da aeronave foram encontrados em diferentes locais ao longo dos anos, mas nenhum vestígio humano foi identificado.
Um relatório publicado pela Malásia em 2018 apontou falhas no controle do tráfego aéreo e revelou que a trajetória do avião foi alterada manualmente, mas não aponta nenhuma conclusão.
A análise de dados de satélite indicou que o avião continuou a voar por várias horas após a perda de contato com a torre de controle. A última posição foi registrada sobre o sul do Oceano Índico.
Também há indicíos que equipamentos de comunicação e transponder foram desativados para dificultar o rastreamento do avião.
Ao longo dos últimos dez anos, várias hipóteses surgiram para explicar o desaparecimento do MH370.
A principal delas atribui a culpa ao piloto do voo MH370 da Malaysia Airlines, Zaharie Ahmad Shah, que tinha 53 anos e mudou a rota deliberadamente na susepita de um “suicídio coletivo”.
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Ele acredita que a primeira vítima do voo MH370 foi o copiloto Fariq Abdul Hamid, que pode ter sido sedado por Zaharie para não impedir o plano de derrubar a aeronave.
No entanto, não há provas que responsabilizem o piloto pelo desaparecimento do avião. Zaharie Ahmad Shah era um piloto experiente que trabalhava na Malaysia Airlines há mais de 30 anos.
Por que é tão difícil encontrar o avião?
De acordo com análises de dados, o avião da Malaysia Airlines seguiu uma trajetória em direção ao sul do Oceano Índico.
A área onde o voo MH370 provavelmente caiu é conhecida como Zona de Convergência Intertropical, caracterizada por fortes correntes marítimas e ventos, o que dificulta a busca por destroços.
A busca envolveu uma operação em escalas sem precedentes que cobriram uma extensa região do oceano.
A área onde se acredita que o avião tenha caído possui grandes profundidades, tornando a busca subaquática com diversos desafios técnicos e logísticos.
A profundidade pode variar entre 3.000 metros a mais de 6.000 metros - distância superior ao local onde foi encontrado o Titanic, no Oceano Pacifíco.
A falta de dados específicos sobre a localização do avião no momento do desaparecimento complicou as operações de busca.
Na maioria dos acidentes aéreos, as autoridades têm as informações precisas para concentrar a operação de resgate.
Os 10 anos decorridos desde o desaparecimento complicaram ainda mais os esforços de busca. Ao longo do tempo, os fragmentos podem ter se deslocado, tornando mias difícil a localização da aeronave.
*Com informações da AFP
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