A Polícia Indiana procura por outros quatro suspeitos pela acusação de estupro coletivo de uma turista espanhola de origem brasileira que viajava por uma região remota da Índia com o marido.
O ataque aconteceu na noite de sexta-feira (1°), no distrito de Dumka, no estado Jharkhand, na região leste da Índia, onde o casal, que viajava de moto, parou para acampar. Ao todo, sete homens teriam atacado a mulher. A brasileira vítima de estupro coletivo usou suas redes sociais para compartilhar o relato da agressão.
Ela e o marido viajam pelo mundo de motocicleta e compartilham a experiência nas redes.
A mulher, que estava acompanhada do marido, parou para acampar no distrito de Dumka quando foram surpreendidos por sete homens que os espancaram. Em seguida, Fernanda foi arrastada para área isolada e foi estuprada.
“Minha cara está assim, mas não é o que mais dói. Pensei que íamos morrer. Graças a Deus, estamos vivos”, escreveu Fernanda em vídeo publicado nas redes sociais.
Estupro coletivo na Índia: polícia procura por mais quatro suspeitos
Segundo o policial do caso, Pitamber Singh Kherwar, a equipe trabalha para garantir uma punição rigorosa.
“Formamos uma equipe para descobrir o paradeiro dos suspeitos. Temos que garantir uma punição rigorosa, declarou à AFP o policial.
Kherwar anunciou também que uma equipe especial foi criada para examinar a cena do crime que uma segunda equipe está procurando os demais suspeitos. “Em breve eles serão detidos”, prometeu.
Suspeitos de envolvimento no caso, três homens foram escoltados ao tribunal nesse domingo (3). Os três permanecem em prisão preventiva. A turista e o marido também compareceram ao tribunal.
Casos de estupro na Índia
Em 2022, a Índia teve média de 90 estupros diários, de acordo com o Escritório Nacional de Registros Criminais. No entanto, muitos ataques não são denunciados, devido ao estigma que muitas vezes as vítimas sofrem e também devido à falta de confiança no trabalho da polícia.
As condenações são raramente emitidas e muitos casos acabam estagnados no saturado sistema judicial do país. Mas, em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada ganhou as manchetes em todo o mundo.
Jyoti Singh, uma estudante de Psicoterapia de 23 anos, foi estuprada e abandonada, dada como morta, por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano.
O caso trouxe à tona os elevados níveis de violência sexual na Índia e provocou semanas de protestos, que resultaram na mudança da legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.
*Com informações de AFP*
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.