🌌 São quase trinta anos em trabalho para a ciência e seu trabalho chegou ao fim. O satélite europeu pioneiro na década de 1990 com cerca de 2,3 toneladas está prestes a reentrar na atmosfera da Terra de forma não controlada.
Mas calma, isso não é motivo para se desesperar.
AQUI NÃO! ❌🛰️
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), como previsão - que pode mudar a qualquer momento - a sua reentrada deve acontecer nesta quarta-feira (21), ao 12h, do horário de Brasília. Ainda de acordo com a agência, o satélite pode se fragmentar durante o processo.
“O satélite está sob observação frequente e estamos rastreando sua altitude orbital à medida que ele decai”, explicou a agência em um comunicado no começo do mês.
A agência disse, também, que é possível alguns fragmentos do satélite alcançarem a superfície terrestre e que caiam no oceano. No entanto, é importante ressaltar que nenhum desses fragmentos conterá substâncias tóxicas ou radioativas.
“O ERS-2 irá quebrar-se em fragmentos a cerca de 80 km acima da superfície da Terra e a grande maioria vai queimar na atmosfera. Alguns fragmentos poderão atingir a superfície da Terra, onde provavelmente cairão no oceano. Nenhum desses fragmentos contém quaisquer substâncias tóxicas ou radioativas”, avisa a agência.
Como acompanhar o satélite ☄️
Qualquer um pode “rastrear” o equipamento. Ou pelo menos acompanhar sua reentrada. O número de identificação do ERS-2 é 1995-021A/23560. A ESA conta com um site dedicado ao rastreamento do decaimento do ERS-2. Há outros sites para ver: Aerospace.Org, Space-Track e Heavens-Above.
Novas fotos da HEO Robotics, empresa australiana de imagens comerciais, mostram o satélite ERS-2 (sigla de European Remote Sensing 2) se aproximando da atmosfera da Terra. As imagens foram capturadas entre janeiro e fevereiro por câmeras instaladas em outros satélites na órbita.
As fotos foram feitas quando o ERS-2 estava a mais de 300 km de altitude. Desde então, ele está a cerca de 20 km de altitude, e cai mais de 10 km a cada dia.
A missão do satélite ERS-2
O ERS-2, foi lançado em 1995 a partir de um foguete Ariane-4, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. A ESA explica que “foi a espaçonave mais sofisticada de observação da Terra já desenvolvida e lançada pela Europa”. Junto do ERS-1, o ERS-2 passou mais de 10 anos coletando dados sobre a diminuição do gelo nos polos da Terra, o aumento do nível dos oceanos e mais, atuando também no monitoramento de desastres naturais.
Satélite com quase 30 anos pode reentrar na Terra fora de controle e deve espalhar fragmentos no mar; entenda
Ele acabou oficialmente as missões em 2011. Sem combustível ou baterias, o ERS-2 tornou-se somente lixo espacial e entrou na fila para fazer parte do programa europeu para mitigação de detritos.
Atualmente, há quase 26 mil objetos na órbita da Terra. E o número tende a crescer, com o aumento de lançamentos, principalmente para incremento da internet.
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