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Calor: 2024 pode ser um ano ainda mais quente do que 2023, alerta ONU

Organização prevê que o El Niño vai impactar ainda mais as temperaturas globais neste ano; agência dos EUA já vê 2024 entre os cinco anos mais quentes da história

Organização das Nações Unidas faz alerta sobre o clima em 2024

2023 foi um ano de recordes de temperatura no Brasil e em várias partes do mundo. Após a Organização Meteorológica Mundial (OMM) eleger 2023 como o ano mais quente da história, o órgão alerta: 2024 pode ser ainda mais quente.

O relatório foi publicado pela agência, que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o órgão, o impacto do fenômeno El Niño nas temperaturas globais será ainda maior neste ano, agravando inclusive problemas socioeconômicos.

Além da ONU, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) dá 33% de chance de que 2023 seja mais quente do que 2024 e 99% de que ele fique entre os cinco mais quentes já registrados.

Segundo a OMM, a temperatura média anual em 2023 ficou 1,45°C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900). A temperatura subiu especialmente no Ártico, no norte da América do Norte, na Ásia Central, no Atlântico Norte e no leste do Pacífico tropical.

Ano mais quente da história

O ano de 2023 substituiu 2016 como o mais quente já registrado da história. Isso é o que aponta o Resumo Anual do Clima de 2023, publicado nesta terça-feira (9) pelo Copernicus Climate Change Service, importante centro de estudos da Europa.

Conforme os dados do Centro europeu, a temperatura média global em 2023 foi de 14,98ºC. Esse valor é 0,17ºC acima da média de 2016.

O calor é resultado do aumento da concentração dos gases do efeito estufa e da ocorrência do El Niño. Os cientistas já alertavam para o acontecido.

‘2023 foi o ano mais quente de que há registo, perto de 1,5°C acima do nível pré-industrial. As temperaturas durante 2023 provavelmente excederam as de qualquer período pelo menos nos últimos 100.000 anos’ escreveu Samantha Burgess, diretora adjunta do Copernicus, nas redes sociais.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.