Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador morto nesta quarta-feira (9) a tiros, revelou durante entrevista que foi ameaçado por um cartel do país poucos dias antes de ser assassinado.
Durante participação no programa Vis a Vis na última quarta-feira (2), apresentado por Janet Hinostroza, junto com os outros candidatos, Fernando relatou que equipes de seguranças e Manabí, cidade do Equador, receberam visitas de aliados de Alias Fito, líder do cartel Los Choneros, conhecidos no país pela ligação com crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídios.
Os integrantes do grupo teriam falado que, se o político continuasse citando o nome de Fito e do cartel durante sua campanha política, ele morreria. O candidato decidiu por continuar sua campanha, que reforça o combate à corrupção e crime organizado, e voltou a receber ameaças.
Segundo ele, um número com código da Indonésia teria enviado mensagens com os mesmos dizeres. Fernando decidiu por denunciar o caso, porém, poucos dias depois, recebeu uma nova mensagem dos criminosos, que alegavam ‘saber tudo que ele estava fazendo’.
Até o momento, não há informações que liguem o grupo à morte do político. Ninguém foi preso.
Momento do crime
Imagens gravadas por pessoas que estavam presentes no evento de campanha da vítima mostraram o
Quem era Fernando Villavicencio?
Na última pesquisa de intenção de voto, divulgada pela Telcodata, ele aparecia em 4º lugar, com 6,8% das intenções de voto. Mais de 30% dos eleitores entrevistados afirmam estar indecisos, o que deixa a disputa ainda mais acirrada. As eleições estão previstas para o dia 20 de agosto.
O perfil de Fernando Villavicencio no Instagram chegou a divulgar vídeos com os últimos momentos de vida do candidato. Desde então, sua equipe tem compartilhado notícias e fotos sobre o atentado em que foi morto.