A provável implosão do Titan da OceanGate que matou os cinco tripulantes a abordo do submarino foi tão rápida que “as pessoas nunca souberam que isso aconteceu”, disse um especialista em submersíveis ao The Post nessa quinta-feira (22). O resgate é quase impossível.
Os detritos do submersível que estava em expedição para ver os destroços do Titanic foram encontrados na quinta-feira e a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou durante coletiva de imprensa que todos que estavam a bordo morreram.
A Guarda Costeira disse que a quantidade de destroços no fundo do oceano, encontrados a 1.600 pés da proa do Titanic, significava que a embarcação teria sofrido uma “implosão catastrófica ” pouco tempo depois de ter se perdido após mergulhar para o fundo do mar.
No momento em que a comunicação foi perdida, a embarcação estaria a apenas 10.000 pés abaixo da superfície, disseram os especialistas ao The Post, ponto em que a enorme pressão da água significaria que qualquer pequena rachadura ou fissura no casco do submersível faria com que ele afundasse.
“Eles nunca souberam que isso aconteceu”, disse ele sobre as cinco vítimas. “Foi instantâneo – antes mesmo que o cérebro deles pudesse enviar um tipo de mensagem ao corpo de que eles estavam sentindo dor”, disse Ketter, co-fundador de uma empresa submersível privada chamada Sub-Merge, ao The Post da Costa Rica.
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Vítimas
Encontrar os corpos das cinco vítimas da implosão do submarino da empresa OceanGate é praticamente impossível. Shahzada Dawood (empresário paquistanês); Suleman Dawood (filho do empresário paquistanês); Hamish Harding (um bilionário empresário e explorador britânico); Paul-Henry Nargeolet, (mergulhador francês); e Stockton Rush (diretor-executivo da OceanGate), tiveram as mortes confirmadas nessa quinta-feira (22), cinco dia após perderem contato com o navio que os levaram até a região onde o Titanic naufragou.
“O resgate é quase impossível. É muito complicado por três motivos: primeiro ele está preso em alguma coisa, segundo ele sofreu uma falha estrutural e com isso uma implosão catastrófica, terceiro cenário - ele sofreu uma pane elétrica e está repousando [morto] no fundo do mar. A profundidade é um complicador”, detalha à Itatiaia o engenheiro naval e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Thiago Tancredo.
“É um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar”, destacou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, durante entrevista coletiva que confirmou o fim trágico da expedição. A própria guarda informou que não há um plano claro para resgatar os restos mortais.