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Cinco pessoas morrem em acidente com lancha que transportava emigrantes ilegalmente em Cuba

O acidente aconteceu na costa oeste de Cuba e deixou pelo menos 5 pessoas mortas

Imagem ilustrativa

Ao menos cinco pessoas, inclusive uma menina, morreram neste sábado (29) na colisão em frente à costa oeste de Cuba entre uma lancha que transportava ilegalmente emigrantes e outra embarcação da Guarda de Fronteiras, informou o Ministério do Interior (Minint).

O acidente ocorreu quando “uma lancha rápida, procedente dos Estados Unidos, que violou o mar territorial de Cuba em uma operação de tráfico de pessoas, afundou ao norte de Bahía Honda”, na província de Artemisa (oeste), após “colidir com uma unidade de superfície das Tropas da Guarda de Fronteiras durante sua identificação”, destacou o Minint, em um comunicado preliminar lido na televisão cubana.

“Como consequência da colisão, a lancha infratora virou”, deixando “cinco falecidos”. As vítimas foram “um homem, três mulheres e uma menor”, acrescentou o Ministério.

As autoridades cubanas informaram que outras 18 pessoas foram resgatadas e que já fazem uma investigação “para o esclarecimento total deste fato doloroso”.

Este “novo evento, com desenlace fatal, ocorre em consequência da política hostil e cruel do governo dos Estados Unidos”, que “tolera e estimula as saídas ilegais de Cuba, ao manter (vigente) a Lei de Ajuste Cubano”, que privilegia os cubanos que conseguem chegar ao país com permissões de residência e trabalho, segundo o Minint.

Os Estados Unidos enviaram, por sua vez, “condolências às famílias dos cubanos que morreram hoje em um acidente ao norte de Bahía Honda”, escreveu no Twitter a embaixada americana em Havana.

“Enquanto ampliamos as vias seguras e legais de migração, advertimos que não se tente a migração irregular perigosa e, às vezes, fatal”, afirmou.

A colisão das lanchas tem como pano de fundo o êxodo em massa de cubanos em meio à pior crise econômica vivida no país nas últimas três décadas, com escassez de alimentos, medicamentos, combustível e apagões cotidianos devido às más condições da infraestrutura de geração elétrica.

Entre outubro de 2021 e agosto de 2022, cerca de 200.000 cubanos foram interceptados pelas autoridades americanas, segundo o escritório americano de Alfândega e Proteção Fronteiriça, após entrar na fronteira com o México ou cruzar o estreito da Flórida em embarcações precárias.

Trata-se de um forte aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os Estados Unidos interceptaram cerca de 30.000 cubanos

AFP
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