Com o avanço do período de estiagem e o aumento do risco de queimadas, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) iniciou a operação de duas Bases Avançadas de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais no Norte do estado. A ação tem como objetivo reforçar a atuação da corporação em regiões estratégicas, garantindo mais agilidade na resposta a ocorrências, maior proteção ambiental e mais segurança para as comunidades locais.
Sob a coordenação do Comando Especializado de Bombeiros (CEB) e do 4º Comando Operacional de Bombeiros (4º COB), as bases contam com efetivo do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD), com sede em Belo Horizonte, além de militares do 7º Batalhão de Bombeiros Militar (Montes Claros), da 6ª Companhia Independente (Diamantina) e do próprio 4º COB.
A primeira base foi instalada na Fazenda Brasil Agro, no município de Bonito de Minas, com localização estratégica para cobrir quatro importantes Unidades de Conservação: o Parque Estadual Veredas do Peruaçu, o Refúgio Estadual de Vida Silvestre do Rio Pandeiros, a Área de Proteção Ambiental (APA) Cochá e Gibão e a APA do Rio Pandeiros. Já a segunda unidade opera na sede do Parque Estadual da Serra do Cabral, em Buenópolis, local historicamente afetado por incêndios florestais de grande proporção.
Bases militares estão localizadas em lugares estratégicos para cobrir unidades de conservação
Equipadas com internet via satélite, rádios de comunicação e estrutura de Posto de Comando baseada no Sistema de Comando em Operações (SCO), as bases mantêm contato direto com a Sala de Coordenação de Incêndios Florestais, em Belo Horizonte. Em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o CBMMG realiza o monitoramento em tempo real das ocorrências em todo o estado. As unidades também utilizam plataformas de geosensoriamento, que emitem alertas sobre focos de calor e possibilitam o deslocamento imediato de equipes para o combate inicial às chamas.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, além do enfrentamento direto ao fogo, as bases têm como eixo principal a prevenção. Brigadistas e bombeiros realizam, diariamente, ações educativas junto às comunidades próximas às unidades de conservação, com orientações sobre os riscos das queimadas e práticas para evitar incêndios.
As duas estruturas funcionarão em regime diuturno até o fim do período de estiagem, com presença contínua de equipes especializadas nas áreas mais suscetíveis a incêndios florestais. A descentralização dos recursos e o uso de tecnologia de ponta visam otimizar o tempo de resposta, minimizar danos e preservar os biomas do Cerrado e da Caatinga.