Ouvindo...

Drones começam a ser usados no combate ao Aedes aegypti em Juiz de Fora

Equipamentos fazem imagens de pontos de risco nas áreas externas. Neste ano, três pessoas morreram por causa da dengue na cidade.

Drone captou imagens de caixas d’agua destampadas no Bairro Santa Cruz captadas por drone utilizado em monitoramento pela Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria de Saúde começou nesta semana uma nova etapa nas ações de combate à dengue utilizando Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), conhecidos como drones. O uso da tecnologia vai se somar ao trabalho dos Agentes de Combate às Endemias nas estratégias de vigilância e controle do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.

O primeiro mapeamento foi realizado na segunda (6), no bairro Santa Cruz, na Zona Norte, com sobrevoo de áreas estratégicas para identificar possíveis focos do mosquito e mapear terrenos baldios, casas abandonadas e outros locais inacessíveis, permitindo coleta de dados em tempo real e respostas mais rápidas e precisas. Conforme a Secretaria, neste mês, estão previstos sobrevoos nos bairros Industrial, Jardim do Alfineiros, Nova Era I e II, Milho Branco, Francisco Bernardino e Monte Castelo, todos na Zona Norte

Os equipamentos também poderão aplicar larvicidas em locais de difícil acesso. Os profissionais responsáveis pelas operações estão devidamente identificados e seguem protocolos de segurança.

A Secretaria de Saúde reforça que os drones não filmam o interior das residências. As imagens captadas se restringem a pontos de risco, como caixas d’água, lajes, piscinas e terrenos baldios, sem registro de pessoas. O uso é exclusivo para fins de saúde pública, e todo o tratamento de dados respeita a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os equipamentos são homologados e os voos autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

De acordo com a Secretaria de Saúde, tecnologia vai ajudar o combate ao mosquito Aedes aegypti no município

Números das arboviroses em Juiz de Fora

A Prefeitura informou que, Em 2025, 464 bairros foram percorridos, com 212.001 imóveis vistoriados. Foram aplicados 319,7 kg de inseticidas e larvicidas, além de 225 bloqueios de transmissão e 4.313 inspeções em pontos estratégicos.

O sistema de monitoramento por Ovitrampas recolheu 63.282 ovos e larvas do mosquito, contribuindo para a redução de 83% dos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2024.

Segundo os dados atualizados nesta segunda (6) do Painel de Vigilância das Arboviroses, o município apresenta 1.429 casos confirmados e 3.935 prováveis para a dengue. Já para a Chikungunya, os casos se mantiveram em 128 confirmados e 147 prováveis. E não houve registro de zika.

De acordo com dados da Prefeitura e do Governo de Minas Gerais, até o momento, foram confirmadas três mortes pela doença em Juiz de Fora: um idoso de 69 anos, que tinha comorbidades; uma jovem entre 20 e 29 anos e uma idosa de 90 anos, que possuía comorbidades. Três óbitos permanecem em investigação.

Leia também

Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.