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Justiça revoga prisão de um dos envolvidos no estupro em condomínio em JF

Novas evidências indicaram que um dos seguranças não participou do crime, segundo PCMG. Três seguem presos e o fotógrafo está foragido.

Polícia Civil investiga o caso

Já está em liberdade um homem de 44 anos que foi preso na investigação do estupro coletivo de uma mulher em um condomínio de alto padrão em Juiz de Fora. Outros três seguranças de 33, 41 e 48 anos estão presos temporariamente e o fotógrafo de 28 anos é considerado foragido.

Segundo a delegada Flávia Granato, responsável pelo caso, o pedido de revogação da prisão do segurança, anteriormente investigado no inquérito, foi requerido com base em novas provas anexadas nos autos. Vídeos e imagens de câmeras de segurança demonstraram que, no momento em que o fato teria ocorrido, o homem permaneceu dentro de um veículo, o que impossibilita a participação dele no crime.

“Dessa forma, foi afastada a responsabilidade penal do investigado, que passa agora à condição de testemunha”, esclareceu a delegada, em nota enviada pela assessoria

Conforme a Polícia Civil, outras diligências seguem em andamento e que novas provas estão sendo analisadas. Quem tiver informações que ajudem as autoridades, pode entrar em contato no 181, Disque-Denúncia Unificado. Não é necessário se identificar.

Resumo do caso

Como a Itatiaia divulgou, a vítima relatou que foi atacada e estuprada, enquanto estava inconsciente, por homens que invadiram a residência dela, na semana passada, em Juiz de Fora. Ela e as amigas estavam em um bar, ingeriram bebidas alcoólicas e foram levadas para casa por um fotógrafo, que ofereceu ajuda.

Este homem foi embora, com a chegada de um amigo da vítima. No entanto, as imagens do sistema de monitoramento registraram que o suspeito identificado como fotógrafo voltou ao local, conseguiu entrar no condomínio e, acompanhado dos seguranças, invadiu a casa da vítima, onde o estupro aconteceu.

A vítima só se deu conta do que houve ao acordar mais tarde. Então, buscou atendimento médico e acionou a Polícia Militar (PM) para o registro da ocorrência. Em nota, a Polícia Militar informou que os suspeitos foram identificados e qualificados no Boletim de Ocorrência, porque não houve flagrante.

Nesta semana, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria Especial de Mulheres, repudiou o caso e informou que acompanha os desdobramentos.

Na semana passada, o fotógrafo prestou depoimento na PCMG e foi liberado. Os advogados de defesa, Thiago Rodrigues e Rudolf Rocha, afirmaram à Itatiaia que o cliente é inocente. Eles disseram que alguns arquivos de mídia foram entregues para a delegada, que comprovam a inocência do acusado e que a relação aconteceu com o consentimento da vítima.

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Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web em Juiz de Fora desde 2023.