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Vítima do crime no Bairro Aeroporto morreu por traumatismo cranioencefálico

Homem foi espancado e atropelado. Sexto acusado foi preso. Investigações continuam.

A causa da morte do caminhoneiro Sebastião Felipe Ribeiro Ladeira, de 37 anos, que foi agredido e atropelado na madrugada de domingo (23), após confusão em uma boate no bairro Aeroporto, foi traumatismo cranioencefálico agudo. A causa consta no relatório de necropsia a que a Itatiaia teve acesso.

O caso está em investigação na Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios da Polícia Civil. Segundo a delegada responsável, Camila Miller, testemunhas foram ouvidas pela manhã desta quinta (27) e os policiais seguem em diligências.

Nesta quarta (26), foi preso o sexto apontado como um dos agressores. De acordo com a assessoria, a equipe da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Juiz de Fora cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o investigado de 26 anos no Bairro Recanto dos Lagos, em Juiz de Fora. Ainda há foragidos.

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Crime brutal

De acordo com o boletim de ocorrência, oito pessoas foram identificadas como envolvidas no crime. A confusão teria começado com uma briga na casa de shows Madeira’s Lounge, no bairro Aeroporto, na madrugada de domingo (23). Em seguida, conforme o documento policial, a vítima foi retirada da boate, colocada no porta malas de um Nivus branco e levada para a rua Otávio Fernandes Coelho, próximo ao Estádio Municipal.

Conforme testemunhas, outros três veículos chegaram em seguida, sendo uma caminhonete Amarok, um Peugeot cinza e uma Toyota Hilux Preta e todos os ocupantes passaram a agredir o homem. Após as agressões, todos fugiram e um dos veículos atropelou a vítima, passando por cima da cabeça dele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou a morte no local.

Entre os presos estão o sócio do estabelecimento onde o conflito foi iniciado, três seguranças e um produtor de uma dupla sertaneja que se apresentou no espaço. Um veículo envolvido no crime já foi apreendido.

Investigações

Em coletiva, a titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Camila Miller, informou que a real motivação do crime ainda era desconhecida, mas uma das linhas de investigação pode ser de crime passional. Ela também apontou que todos os investigados são autores do crime. E a conduta de cada um no caso será analisada conforme a lei.

Ainda segundo a Polícia Civil, representantes da casa de shows foram à Delegacia de Homicídios e entregaram todas as gravações feitas durante o horário em que houve a briga. São cerca de 3h de imagens que serão analisadas, juntamente com diversos vídeos que estão chegando por testemunhas.

Désia Souza é jornalista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde também cursou pós graduação em “Mídia e Cidadania” e mestrado em “Comunicação e Poder”. É coordenadora de jornalismo na Itatiaia Juiz de fora, onde também atua como âncora e repórter.
Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web em Juiz de Fora desde 2023.
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