A Polícia Civil de Juiz de Fora confirmou, durante coletiva de imprensa, que oito homens são suspeitos do assassinato de Sebastião Felipe Ribeiro Ladeira, de 37 anos. O crime ocorreu na madrugada de sábado (22) para domingo (23), quando a vítima foi colocada dentro de um porta-malas de carro, agredido, atropelado e morto após uma briga que teve início em uma casa de shows no Bairro Aeroporto, na Cidade Alta.
Três ainda não foram localizados. Cinco foram presos: dois homens de 29 e três de 26, 31 e 43 anos. Entre eles, o sócio do estabelecimento onde o conflito foi iniciado, três seguranças e um produtor de uma dupla sertaneja que se apresentou no espaço. Um veículo envolvido no crime já foi apreendido.
O corpo de Sebastião Felipe foi sepultado em Guarani, neste domingo (23), município da Zona da Mata, de onde é a família da vítima. Na tarde desta segunda (24) , familiares e amigos dele estiveram na frente da Delegacia no Bairro Santa Terezinha em um protesto pedindo justiça.
Informações e imagens chegando à PCMG
De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Camila Miller, ainda não se sabe a real motivação do crime, mas uma das linhas de investigação pode ser de crime passional.
“A motivação que a gente tem até agora, que eu posso te afirmar, foi uma briga dentro do estabelecimento que culminou com a agressão do lado de fora e ele foi ao óbito do lado de fora. Óbvio que a Polícia vem recebendo informações de possíveis motivações, que não seria só isso, que essa briga inicialmente foi por conta de relacionamento pessoal. Enfim, isso agora é muito prematuro. No final da investigação a gente dá todas as informações possíveis. Mas agora a gente precisa fazer muitas dirigências ainda, o inquérito, como tem investigados presos, a gente tem um prazo menor para poder concluir. E a Polícia Civil se compromete a fazer o melhor possível para trazer justiça para essa família, que perdeu um familiar de 37 anos, que estava indo se divertir e acabou morto em via pública”, destacou,.
A delegada afirma que todos os investigados são autores do crime. E a conduta de cada um no caso será analisada conforme a lei.
“Eu não vou diminuir a responsabilidade de ninguém, porque todo mundo estava lá na hora que o rapaz foi agredido e morto. A gente vai individualizar a conduta de cada um, quem fez o quê, para que a gente seja justo e possa possibilitar o Ministério Público e o Poder Judiciário processarem essas pessoas e darem uma penalidade que achar que deve ser dada. Tem investigados que falam, ‘ah, eu estava sem rede no telefone celular’. Enfim, para mim, é injustificável você estar vendo um problema daquela monta e não chamar a polícia e uma ambulância”
Ainda segundo a Polícia Civil, representantes da casa de shows foram à Delegacia de Homicídios e entregaram todas as gravações feitas durante o horário em que houve a briga. São cerca de 3h de imagens que serão analisadas, juntamente com diversos vídeos que estão chegando por testemunhas.