A Polícia Civil e a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) abriram investigações contra a empresa Phormar Formaturas e Eventos Ltda. Nos últimos dias, surgiram reclamações de descumprimento de contratos com fundos de formaturas. A PCMG apura o caso como estelionato e falsidade ideológica. O Procon quer informações sobre o risco de um “calote” geral nos clientes.
Um dos fundos de formaturas prejudicados foi o da turma de Medicina da Suprema, que divulgou comunicado em redes sociais sobre a situação.
Além disso, a Associação Brasileira de Empresas de Formatura (Abeform) também publicou nota sobre a situação. (Leia a íntegra abaixo)
A Itatiaia entrou em contato com a Phormar e aguara retorno. O espaço segue aberto.
Proprietário presta depoimento à Polícia Civil
Em nota divulgada pela assessoria da PCMG, a empresa é investigada após denúncias de estelionato e falsidade ideológica, apontando possíveis desvios de dinheiro. Conforme a Polícia Civil, o delegado responsável pelo caso, Samuel Neri, ouviu o proprietário da empresa, nesta segunda-feira, 9, e novas diligências estão sendo realizadas pela 7ª Delegacia.
Os fundos de formatura que tiverem reclamações devem comparecer à Delegacia para registrar ocorrência. De acordo com a PC, em caso de estelionato é preciso da representação da vítima para dar início as investigações. Quanto mais pessoas procurarem a 7ªDD, maior é o material probatório q irá corroborar na investigação.
Procon cobra esclarecimento em 72h
Segundo o Procon de Juiz de Fora , após acusações públicas e registro de reclamação fundamentada junto a instituição, o sócio-administrador, enquanto representante da empresa, foi notificado e deve prestar esclarecimentos em até 72 horas.
O Procon explicou que, para averiguar o caso, foi exigida a apresentação da quantidade de contratos ativos com fundos de formatura com especificação dos contratos e dos fundos contratantes, da identificação dos contratos em que houve movimentações bancárias não autorizadas, do valor total que se encontra pendente de restituição aos fundos e da forma de pagamento e prazo para restituições de valores.
Turma de Medicina divulga comunicado
Dentre as pessoas e grupos lesados, está a turma de medicina da Suprema, Med 32 Suprema, que publicou nota relatando sobre os casos ocorridos.
Segundo a nota, a Phormar realizou diversas transferências bancárias para contas próprias da empresa de maneira não autorizada e sem o consentimento dos integrantes do fundo de formatura, retirando todo o dinheiro do fundo.
O fundo informou que, assim que descobriu a movimentação bancária, se reuniu com o dono da empresa para cobrar explicações. Conforme os alunos, devido a falta de garantias de que o dinheiro seria devolvido e sabendo que a mesma situação havia ocorrido com diversas outras turmas, entraram na justiça cobrando a devolução da quantia.
Nota da Abeform sobre o caso
A ABEFORM – Associação Brasileira de Empresas de Formatura – lamenta profundamente a situação delicada dos fundos de formatura administrados pela empresa Phormar, sediada em Juiz de Fora , MG. Informa ainda que a empresa em questão não é associada à ABEFORM e que os fatos relatados pelos fundos de formatura definitivamente não representam o setor, as práticas e a conduta que a associação defende.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a ABEFORM imediatamente acionou as empresas associadas da região , solicitando que buscassem alternativas, junto à rede de fornecedores, para que de alguma forma conseguissem oferecer aos fundos de formatura afetados - em especial àqueles com data de colação de grau e festividades mais próximas - a oportunidade de viabilizar, mesmo que de forma mais simplificada, as suas formaturas.
O mercado de formaturas é um segmento sólido e relevante da economia do país , movimentando anualmente R$ 7 bilhões em 5 mil eventos. A ABEFORM, solidária com a situação dos fundos de formatura afetados em Juiz de Fora, coloca a sua estrutura à disposição dos formandos e familiares para contribuir com orientações e esclarecimento de dúvidas.