Nesta segunda-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. Em 2024, a Fundação Hemominas mobiliza com o slogan: “Viralize a solidariedade”. Na proposta de incentivo e homenagem, a Regional de Juiz de Fora realiza programação especial até sábado (30).
Cláudia Lanna, do Setor de Captação de Doadores, em entrevista à Itatiaia, falou sobre as mentiras que afastam as pessoas dos hemocentros, os critérios, processo e finalidade da doação. Além de deixar a mensagem para que as pessoas saudáveis se tornem doadores.
“E a gente só consegue o sangue através da doação, não tem outra forma. Os pacientes não podem ficar esperando. Eles precisam todo os dias. Hoje a gente ajuda uma pessoa que a gente nem conhece, mas amanhã pode ser um dos nossos. O estoque de sangue precisa estar sempre em um patamar ideal para que a gente consiga atender toda esta demanda de 57 hospitais em 27 cidades da região”, comentou.
Tem ‘fakenews’ sobre doação de sangue?
Sim, tem. A mais conhecida envolve comparecer ao Hemocentro em jejum. “Não se doa sangue em jejum, tem que tomar um bom café da manhã. Pode almoçar, se for doar à tarde. Só não ingerir alimentos gordurosos e aguardar de 2h a 3h a digestão dependendo da quantidade que come.
No entanto, surgiram outras mentiras, como analisa a funcionária do Setor de Captação de Doadores da Hemominas em Juiz de Fora. “Doar sangue não vai engordar, não vai emagrecer. Antes emagrecesse porque a vida em frente ao Hemocentro estaria lotada. Não raleia o sangue, não vai engrossar, por incrível que pareça as pessoas acham que pode acontecer”.
“Não vicia, você pode doar uma vez. A gente gostaria muito que as pessoas saudáveis doassem sangue, os homens quatro vezes no intervalo de um ano e a mulher, três vezes no intervalo de 12 meses, porque vai contar do dia que ele faz a doação até o mesmo dia do ano seguinte”.
O que a pessoa doa não faz falta, como explica Cláudia Lanna. “O volume retirado se recompõe em 24h no máximo. As plaquetas levam 48h e as hemácias levam um tempo maior, em torno de 28 dias. Por isso que tem esse intervalo maior entre as doações para ter certeza de que tudo que foi doado já está recomposto no organismo”.
Quantas vidas podem ser salvas com uma doação?
Cláudia Lanna explicou que são colhidos 450 ml de sangue na bolsinha. Em seguida, vai para o setor de fracionamento onde ele vai ser separado nas hemácias, plaquetas, plasma e os leucócitos. “Aí o paciente vai receber o que ele precisar. Por isso que a gente diz que uma doação pode ajudar até quatro vidas”.
Quem costuma precisar da doação de sangue?
“A gente tem pacientes que dependem da transfusão de sangue, tem os pacientes que fazem um tratamento contra um câncer também que não há necessidade naquele momento de ficar internado, mas eles precisam da transfusão para segurar o organismo e receber a quimioterapia”.
“Grandes cirurgias cardíacas, ortopédicas, as mulheres grávidas que têm alguma complicação do parto, as vezes, não só a mãe precisa, mas o bebe também. Quem tem talassemia em um grau elevado, anemia falciforme, precisa também. São várias as demandas para receber uma transfusão”, enumerou.
“Quando um paciente precisa de sangue, ele pode não ter uma segunda chance. Por exemplo, um acidente grave, ond
e a pessoa teve uma hemorragia, ou durante um parto, ela precisa receber naquele momento e o ideal é que seja do mesmo tipo sanguíneo. Então a gente precisa ter os estoques dos bancos de sangue abastecidos de forma eficiente para que, precisou, a gente tenha o sangue para fornecer”.
Quem pode doar sangue?
Os jovens de 16 e 17 anos, com autorização dos pais ou do responsável legal. Essa autorização está no site da
- Ter acima de 50 kg
- Não ter tido hepatite depois dos 11 anos
- Não ter feito algum tratamento contra o câncer; uma bariátrica também é impedimento.
- Estar em boas condições de saúde
- Quem teve dengue, em 30 dias está liberado. Se foi dengue grave, deve esperar seis meses.
- Quem teve covid-19, pode doar depois de 10 dias se não estiver apresentando sintomas mais.
- Se tomou vacina, dependendo, são 48h.
- Se precisou tomar um antibiótico, são 14 dias do término do antibiótico se não apresentar sintomas.
“Se você tiver com uma coriza, uma alergia, você não vai durar naquele momento, vai esperar curar. Você estando saudável, pode fazer a doação. A doação de sangue é um agradecimento à vida, a Deus pela saúde que a gente tem. Só doa sangue quem está saudável”, reforçou Cláudia Lanna.
É possível agendar doação individual ou caravanas?
O agendamento via APP MG Cidadão ou no
“A doação leva em torno de 1h, 1h30, passar pelo cadastro, triagem clínica, fazer o teste do dedinho, fazer um lanchinho, fazer a doação, sair e fazer outro lanchinho. Às vezes, dura até menos”.
Segundo Cláudia Lanna, o sábado é o dia mais concorrido, por causa dos atendimentos a grupos de empresas ou caravanas de outras cidades. O que importa é comparecer à Hemominas.
“O brasileiro precisa criar o hábito e mudar a sua rotina para colocar a doação de sangue como um momento importante. Que seja anual. Se a gente conseguir que 3% da população brasileira saudável realize uma doação de sangue por ano, não falta sangue para nenhum paciente que precisar. No Brasil, a gente fica em torno de 1,5%, metade, por isso que a gente passa muito aperto”.
Confira a Agenda da Semana do Doador na Hemominas de Juiz de Fora
23/11 (Sábado)
- Grupo Saúde (Igreja Universal)
- Participação: João Coração
25/11 (Segunda-feira)
- 8h: Coral Hemominas
- 9h às 11h: Médicos do Barulho
- Participação: Embelezze
- Participação: Açaí do Fábio
- 9h: Banda Vip
- 10h30: Coral Germinar
26/11 (Terça-feira)
- 9h30: Cantor Mario Terror
- Participação: Artes da Fifia
- Participação: Mary Kay
27/11 (Quarta-feira)
- 8h: Saxofonista Edmar
- 9h: Coral Hemominas
28/11 (Quinta-feira)
- 9h30 e 15h30: Projeto Musiart (Conservatório)
29/11 (Sexta-feira)
- 8h: Coral Hemominas
- 9h30: Cantora Dadá
- 14h30 às 16h30: Médicos do Barulho
30/11 (Sábado)
- 10h: Projeto Vamos Tocar Samba