A Lei das Cotas é suficiente para contornar a desigualdade no Brasil?

A Lei de Cotas, que reserva metade das vagas em institutos e universidades federais para ex-alunos da rede pública de ensino, com subcotas para estudantes de baixa renda, pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e quilombolas, passou por mudanças essa semana no Senado. O projeto de lei, que deveria ter sido votado no ano passado, quando a lei completou 10 anos, foi enviado para a sanção ou veto do presidente Lula.

Uma das principais alterações é a redução do limite de renda familiar para se candidatar às vagas reservadas, que passou de um salário mínimo e meio para um salário mínimo. Isso significa que menos pessoas poderão se beneficiar da política de inclusão no ensino superior. Outra mudança é que os candidatos às vagas reservadas terão que disputar primeiro as vagas de ampla concorrência, e só depois as vagas da Lei de Cotas, se não atingirem as notas necessárias na primeira modalidade.

Para discutir os impactos dessas mudanças e avaliar os 10 anos da Lei de Cotas no Brasil, o Palavra Aberta deste sábado (28), recebe a jornalista, mestre em Comunicação Social, doutora em Ciência Política e coautora do livro ‘Vidas Inteiras - Histórias dos 10 anos da Lei de Cotas”, e integrante do Coletivo de Jornalistas Negras e Negros Lena Santos, Márcia Maria Cruz,

Participa do debate também o professor do Departamento de Comunicação da UFMG, mestre em Comunicação e doutor em Ciências da Comunicação, Pablo Moreno. Ele é vice-lider do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero.

Confira:

O podcast

O podcast Palavra Aberta vai ao ar todos os sábados, às 8h30, na Rádio Itatiaia. Você também pode ouvir os episódios anteriores nas plataformas de áudio, e no Youtube da Rádio de Minas.