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Ubisoft pode ter cancelado novo Assassin’s Creed por polêmica nos EUA; entenda

Clima político intenso no país pode ter feito produção de jogo ter sido encerrada

Assassin’s Creed Shadows

A Ubisoft supostamente cancelou um novo projeto da série Assassin’s Creed, uma das franquias mais bem consolidadas na indústria dos jogos, que se passaria no período da Reconstrução nos Estados Unidos. A informação foi revelada por cinco funcionários atuais e ex-funcionários da empresa, que falaram ao site Game File sob anonimato.

A história se passaria após a Guerra Civil de Secessão Americana, nas décadas de 1860 e 1870. O protagonista seria um homem negro que havia sido escravizado no Sul do país. Após conquistar a liberdade, ele se mudaria para o Oeste e mais tarde seria recrutado pelos Assassinos. A trama o levaria de volta ao Sul, onde enfrentaria injustiças e o surgimento da Ku Klux Klan.

De acordo com os relatos, o cancelamento ocorreu em julho do ano passado. Um dos motivos principais foi a reação negativa nas redes sociais à escolha de Yasuke como protagonista de Assassin’s Creed Shadows, jogo da franquia lançado neste ano. Yasuke é um samurai negro no Japão feudal, no século XVI. O personagem gerou diversas críticas de jogadores e insatisfação de fãs antes mesmo de ser lançado.

A preocupação com as tensões nos Estados Unidos também foram levadas em conta para essa decisão. Segundo os funcionários, a preocupação de que o clima político nos Estados Unidos estava se tornando tensa foi levada em conta.

Os funcionários destacaram que cancelamentos de jogos não são raros, mas os motivos apresentados chamaram atenção.

Assassin’s Creed

A franquia já contou com um protagonista e temas similares anteriormente. Em Assassin’s Creed Freedom Cry (‘Grito de Liberdade’ em tradução direta), uma DLC (conteúdo adicional) de Assassin’s Creed IV Black Flag lançado em 2013, o jogador controla Adéwalé, um ex-escravo liberto que luta contra donos de escravos no Haiti no século XVIII. País onde ocorreu a Revolução Haitiana, registrada como uma das guerras de independência mais violentas da história.

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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e editor de vídeo na Itatiaia. Também produz conteúdo sobre games para a Itatiaia.