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O placar final foi 1 a 0, gol de Swason. Em 2004, em Atenas, a derrota brasileira foi por 2 a 1, e em Pequim, em 2008, por 1 a 0, as duas vezes na prorrogação.
Marta, aos 38 anos, se despediu da Seleção Brasileira em uma competição oficial com seu terceiro vice-campeonato olímpico.
A meia-atacante, que atua no Orlando Pride-EUA, já anunciou que 2024 será seu último ano com a amarelinha. A Rainha do Futebol, eleita por seis vezes a melhor do mundo, tem também um vice-campeonato da Copa do Mundo, em 2007, com derrota para a Alemanha.
A camisa 10 começou no banco neste sábado, em uma decisão do técnico Arthur Elias, que viu o time sem ela, suspensa, eliminar França e Espanha nas fases eliminatórias anteriores.
O Brasil conquistou sua terceira medalha olímpica, todas de prata. Em 1996, em Atlanta, em 2000, em Sydney, e em 2016, no Rio, o Brasil chegou à semifinal, perdeu e também foi derrotado na disputa pelo bronze.
Em 1996 para a Noruega (2 a 0), em 2000 para a Alemanha (2 a 0), e em 2016, no Maracanã, para o Canadá (2 a 1).
Agora, a preparação será para a Copa do Mundo de 2027, que será disputada no Brasil. Como anfitriã, a Seleção já está classificada.
O país ganhou o direito de ser sede em maio, ao vencer a candidatura europeia de Alemanha/Bélgica/Holanda em eleição no Conselho da Fifa.
De igual para igual
Mesmo com o Brasil eliminando as favoritas França, nas quartas de final, e Espanha, atual campeã mundial, na semi, havia desconfiança se o time dirigido por Arthur Elias faria frente aos Estados Unidos, bicho-papão do futebol feminino com quatro ouros olímpicos e quatro Copas do Mundo.
Mas com um minuto essa desconfiança foi para o espaço com um gol perdido, dentro da pequena área, por Ludmila. Mantendo um formato parecido com as fases anteriores, sem Marta, o Brasil foi bem mais efetivo do que no confronto contra as francesas, por exemplo.
Teve finalizações, teve um possível pênalti em Adriana checado pelo VAR e um gol anulado, de Ludmila, por impedimento. Tudo isso em um primeiro tempo em que os Estados Unidos também chegaram, exigindo duas boas defesas de Lorena.
Falha e gol
Com menos intensidade, o Brasil levou o gol aos 11 minutos do segundo tempo, em uma falha na saída de bola. A bola chegou na rápida Swason, que invadiu a área e concluiu com perfeição. As brasileiras ficaram pedindo impedimento, que não existiu.
Marta, então, entrou. Mas a saída principalmente de Yaya, machucada, fez o Brasil perder força no meio de campo. As estadunidenses eram mais perigosas no contra-ataque e perderam chances de ampliar.
Nos acréscimos, Adriana teve chance de empatar, cabeceando dentro da área, mas Naeher fez sensacional defesa.
Brasil 0 x 1 Estados Unidos
Brasil
Lorena; Thaís, Lauren (Rafaelle), Tarciane e Yasmin; Duda Sampaio (Angelina), Yaya (Ana Vitória) e Gabi Portilho; Jhennifer (Priscila), Ludmila (Marta) e Adriana. Técnico: Arthur Elias.
Estados Unidos
Alyssa Naeher; Emily Fox, Girma, Davidson (Sonnett) e Dunn; Albert, Coffey e Lindsey Horan; Sophia Smith (Williams), Mallory Swason (Krueger) e Rodman. Técnica: Emma Hayes
Gols
Swason (11min2ºT) para os EUA
Cartões Amarelos
Tarciane (Brasil)
Motivo: final olímpica do futebol feminino
Data e horário: 10 de agosto de 2024 (sábado), às 12h (de Brasília)
Local: Parc des Princes, em Paris (FRA)
Árbitra: Tess Olofsson (Suécia)
Auxiliares: Almira Spahic (Suécia) e Francesca Di Monte (Itália)
VAR: Ivan Bebek (Croácia)