O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Ministério do Esporte foram às redes sociais nesta segunda-feira (22) para se pronunciar sobre as reclamações feitas nos últimos dias. Atletas que disputarão os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e torcedores alegaram descuido por parte das entidades em relação aos materiais fornecidos pelas instituições ao ‘Time Brasil’.
COI
Por outro lado, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) respondeu à postagem feita pelo atleta do decatlo José Fernando Ferreira, conhecido como Balotelli, que afirmou não ter recebido um material adequado à quantidade de provas que disputa. A entidade, por outro lado, afirmou que apenas parte dos equipamentos foi entregue no Brasil. O restante aguarda os atletas em Paris.
“Os uniformes de responsabilidade do COB serão entregues a todos os atletas em Paris. Explicamos toda essa operação neste link”, publicou o COB. No link, está escrito: “Ainda no Brasil, os atletas recebem uniformes de viagem e de desfile, fornecidos pela Riachuelo, e Havaianas para a abertura, em ecobags. Já em Paris, todas as delegações recebem malas Peak com mais de 30 itens, variados entre masculino e feminino”.
Leia a nota publicada pelo Ministério de Esporte
“É falsa a informação que o Ministério do Esporte (Mesp) seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) provê as roupas de viagens, desfile, cerimônia de abertura e dia a dia na Vila Olímpica para todos os atletas brasileiros.
O COB também oferece os uniformes de treinos e competições das delegações de boxe, remo, levantamento de peso, tiro com arco, pentatlo moderno e canoagem. Já as vestimentas das demais modalidades ficam a cargo das confederações de cada esporte.
O apoio do Mesp se dá por meio do Bolsa Atleta, um programa contínuo de apoio financeiro mensal, que nesta edição das olimpíadas, contempla 88% dos 276 atletas classificados. Somente em 2024, são mais de 9 mil esportistas beneficiados pelo Governo Federal.
O Bolsa Atleta, considerado o maior programa de incentivo esportivo do mundo, acaba de completar 20 anos e neste mês passou por reajuste de 10,86%, depois de 14 anos com valores congelados. Desde sua criação o programa já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em mais de 37 mil atletas nacionais. As categorias partem de Atleta Base até Atleta Pódio, com bolsa de até R$ 16 mil por mês.
O Ministério reitera que se mantém comprometido em apoiar e promover o desenvolvimento esportivo e a participação dos atletas brasileiros, concentrando suas principais ações em áreas diretamente ligadas ao incentivo e ao suporte ao esporte nacional”, publicou.
Polêmicas
Uniformes em saco de pano?
Um vídeo divulgado por Thaisa nas redes sociais deu início a uma série de críticas ao COB. Nas imagens, a jogadora de vôlei recebe algumas peças de uniformes em um saco.
Fãs criticaram a forma em que as peças foram entregues às atletas da Seleção Brasileira de Vôlei.
Logo surgiram comparações com vídeos de atletas de outros países recebendo malas mais sofisticadas com os respectivos uniformes.
Reposta do COB
A avalanche de críticas após o episódio citado acima fez com que o COB se manifestasse nas redes sociais. O Comitê pulicou um vídeo em que mostra uma grande operação de logística para montar a mala de cada atleta classificado para os Jogos Olímpicos.
De acordo com o COB, os funcionários responsáveis pela montagem dos kits trabalham em Paris desde dia 1º de julho. Cerca de 700 malas foram montadas.
Entregar as malas aos atletas somente já em Paris foi uma escolha do COB. A ideia, de acordo com o Comitê, é dar mais conforto aos atletas e evitar problemas como extravios e furtos nas viagens individuais de cada atletas.
No vídeo publicado por Thaisa nas redes sociais, ela ganha apenas as peças para a viagem e, por isso, não recebeu a mala completa ainda em Saquarema, no Brasil.
Ex-atletas se posicionam
Ainda sobre a polêmica de logística na entrega de uniformes, ex-atletas saíram em defesa do COB nas redes sociais. A ex-nadadora Joanna Maranhão relembrou furtos antes do Pan-Americano com malas despachadas.
“Pan de 2015 (se não me falha memória primeiro ano de Nike) - recebemos mala no Brasil e tavam chegando no Canadá abertas com roubo dos itens. Foi recomendado pelo COB lacrar e passar aqueles plásticos para evitar”, disse.
“Tenho Muitas críticas à instituição esportiva. Mas no quesito cuidado com material do cob - eles são impecáveis. Da até raiva ver internet falando besteira”, completou.
Ana Cláudia Lemos, velocista que disputou quatro Olimpíadas, também defendeu nas redes sociais.
Neste sábado (20), Pepê Gonçalves, já na Vila Olímpica, abriu a mala entregue pelo COB e mostrou os uniformes recebidos.