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Uniformes do Time Brasil para Paris 2024 geram críticas; entenda logística e polêmicas

Antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos de Paris, Comitê Olímpico Brasileiro foi alvo de críticas nas redes sociais

Uniformes do Time Brasil para a Cerimônia de Abertura de Paris 2024

Com o início dos Jogos Olímpicos de Paris cada vez mais próximo, algumas polêmicas começam a ganhar mais intensidade nas redes sociais. Nas últimas semanas, os uniformes do Time Brasil foram alvos de críticas. A logística do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também foi questionada.

Nesta matéria, a Itatiaia explica detalhes importantes sobre a confecção das peças, divisão de fornecedores e motivações para as escolhas do COB.

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Uniformes em saco de pano?

Um vídeo divulgado por Thaisa nas redes sociais deu início a uma série de críticas ao COB. Nas imagens, a jogadora de vôlei recebe algumas peças de uniformes em um saco.

Fãs criticaram a forma em que as peças foram entregues às atletas da Seleção Brasileira de Vôlei.

Logo surgiram comparações com vídeos de atletas de outros países recebendo malas mais sofisticadas com os respectivos uniformes.

Reposta do COB

A avalanche de críticas após o episódio citado acima fez com que o COB se manifestasse nas redes sociais. O Comitê pulicou um vídeo em que mostra uma grande operação de logística para montar a mala de cada atleta classificado para os Jogos Olímpicos.

De acordo com o COB, os funcionários responsáveis pela montagem dos kits trabalham em Paris desde dia 1º de julho. Cerca de 700 malas foram montadas.

Entregar as malas aos atletas somente já em Paris foi uma escolha do COB. A ideia, de acordo com o Comitê, é dar mais conforto aos atletas e evitar problemas como extravios e furtos nas viagens individuais de cada atletas.

No vídeo publicado por Thaisa nas redes sociais, ela ganha apenas as peças para a viagem e, por isso, não recebeu a mala completa ainda em Saquarema, no Brasil.

Ex-atletas se posicionam

Ainda sobre a polêmica de logística na entrega de uniformes, ex-atletas saíram em defesa do COB nas redes sociais. A ex-nadadora Joanna Maranhão relembrou furtos antes do Pan-Americano com malas despachadas.

“Pan de 2015 (se não me falha memória primeiro ano de Nike) - recebemos mala no Brasil e tavam chegando no Canadá abertas com roubo dos itens. Foi recomendado pelo COB lacrar e passar aqueles plásticos para evitar”, disse.

“Tenho Muitas críticas à instituição esportiva. Mas no quesito cuidado com material do cob - eles são impecáveis. Da até raiva ver internet falando besteira”, completou.

Ana Cláudia Lemos, velocista que disputou quatro Olimpíadas, também defendeu nas redes sociais.

Neste sábado (20), Pepê Gonçalves, já na Vila Olímpica, abriu a mala entregue pelo COB e mostrou os uniformes recebidos.

Mau gosto?

Muito além da logística de entrega, a beleza dos uniformes também gerou críticas nas redes sociais. Aqui, é importante diferenciar qual é a responsabilidade de cada fornecedor do Comitê Olímpicos Brasileiro.

Os trajes para as Cerimônias de Abertura e Encerramento foram desenhados e confeccionados pela Riachuelo, marca de moda rápida. Os atletas italianos, por exemplo, usarão peças feitas pela renomada Emporio Armani, de alto luxo.

A Riachuelo também foi responsável por desenhar as roupas de viagem da deleção brasileira.

A chinesa Peak, que é a fornecera oficial do COB, confeccionou as peças que serão utilizadas na Vila Olímpica, os trajes de pódio e também de atletas filiadas a confederações que não têm um fornecedor próprio.

A Mormaii foi responsável por outras trajes de pessoas ligadas ao COB que estarão nos Jogos Olímpicos de Paris.

Cada confederação tem liberdade para fechar acordo com um parceiro. As equipes de vôlei vestirão uniformes da Riachuelo, por exemplo. Basquete masculino vai trajar Nike, mesma fornecedora da Seleção Feminina de Futebol.

Atleta na bronca

Neste sábado (20), Izabela Silva, atleta de levantamento de disco, demonstrou insatisfação por ter recebido apenas roupas masculinas.

“Estou bem puta, bem chateada, porque eu pedi algumas peças masculinas e me deram todas as masculinas. Femininas eles não me deram nada. Ganhei 19 peças, contando com a mochila, os bonés, e feminino ganha 30 peças. Sabe como isso é triste? É demais de triste, pegar seu uniforme da Puma para a competição e eles fazer uma dessa falando que não tem numeração”.

Os uniformes em questão são da Puma. A fornecedora alemã, em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo, publicou nota lamentando o caso.

“Lamentamos o ocorrido com a atleta Izabela Rodrigues da Silva na entrega dos kits de competição e, em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo, estamos em contato com a atleta para solucionar o caso da melhor forma possível”

“Aproveitamos a oportunidade para reforçar que temos um compromisso de longo prazo com o esporte e fazemos o nosso melhor para oferecer produtos de excelência à performance dos(as) atletas. Destacamos ainda que cada prova de atletismo possui uma quantidade diferente de peças do uniforme que varia de acordo com a necessidade esportiva e essa quantidade independe do gênero do(a) atleta. Por fim, é importante destacar que desenvolvemos produtos e uniformes que atendem a corpos diversos, e especificamente em vestuário, do PP ao 4GG”

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Hugo Lobão é repórter multimídia do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, passou por Hoje Em Dia, Record e Globo Esporte. Amante de esportes olímpicos.