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Mancha Alviverde se manifesta após ataque contra Máfia Azul e morte de torcedor

Após emboscada contra cruzeirenses, organizada do Palmeiras alegou ‘injustiça’ e citou ‘ação isolada’

Integrantes da Mancha Alviverde queimaram ônibus que levava torcida do Cruzeiro a BH

Mais de 24 horas após a emboscada contra integrantes da Máfia Azul, a torcida organizada Mancha Alviverde se posicionou sobre a morte de um cruzeirense e os ferimentos de 17 pessoas, em Mairiporã, no interior de São Paulo.

Por meio das redes sociais, a Mancha Alviverde alega ser “injustiçada” por ser associada aos ataques contra os cruzeirenses que voltavam de Curitiba, nesse domingo (27), após a goleada sofrida para o Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro.

“A Mancha Alvi Verde vem sendo apontada injustamente, através de alguns meios de imprensa e redes sociais, de envolvimento em uma emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, na madrugada deste domingo (27). O incidente resultou tragicamente na morte de um torcedor do Cruzeiro e deixou outros feridos. Lamentamos profundamente mais esse triste acontecimento e manifestamos nossa solidariedade e demonstramos nosso consternamento aos familiares da vítima, repudiando com veemência tais atos de violência”, iniciou.

Na sequência, a Mancha Alviverde ressaltou que os torcedores do Palmeiras que participaram da emboscada não foram incentivados pela torcida organizada. Vale ressaltar que os palmeirenses vão responder pelos crimes de homicídio, incêndio, associação criminosa e lesão corporal.

“Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos”, complementou.

Por fim, a Mancha Alviverde disse repudiar a violência e se colocou à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações.

“A Mancha Alvi Verde repudia toda e qualquer forma de violência e reafirma seu comprometimento e compromisso com a segurança e a convivência pacífica entre torcedores. Estamos à disposição das autoridades para colaborar plenamente com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis por mais esse fatídico e lamentável episódio ocorrido na madrugada desse domingo”, encerrou.

Sobre a emboscada

Vídeos da emboscada do time paulista contra os mineiros estão sendo analisados para tentar identificar os agressores. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou que vai acompanhar as investigações.

Dois ônibus que levavam os cruzeirenses foram atacados por torcedores do Palmeiras, que estavam em outro coletivo. O caso ocorreu na Rodovia Fernão Dias, no km 65, sentido Belo Horizonte.

Integrante da Máfia Azul, José Victor Miranda, de 30 anos, morreu no ataque. Ele estava dentro de um ônibus que foi incendiado e acabou sofrendo queimaduras graves. Outro coletivo cruzeirense teve os vidros quebrados.

Em nota enviada à Itatiaia, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a perícia esteve no local e apreendeu rojões, fogos de artifício e barras de ferro e madeiras.

Entre os feridos, 14 foram socorridos por ambulâncias e levados para o hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã (SP). Outros três seguiram para outro hospital em Franco da Rocha (SP), município vizinho.

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Motivação

A Delegacia de Mairiporã investiga qual foi a motivação para o ataque. Uma das hipóteses é se os palmeirenses quiseram se vingar dos cruzeirenses por causa de uma briga ocorrida em setembro de 2022. À época, as torcidas Máfia Azul e Mancha Alviverde deixaram quatro pessoas baleadas e outras dez feridas em uma rodovia em Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste mineiro.

O que disseram os clubes

Em nota divulgada no X, antigo Twitter, o Cruzeiro lamentou a morte e os ferimentos em seus torcedores. “O Cruzeiro lamenta profundamente mais um episódio de violência entre torcedores, desta vez durante a madrugada, na rodovia Fernão Dias, que culminou com a morte de um cruzeirense e vários feridos. Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos”.

Já o Palmeiras, também por meio de nota, informou que não tolera ações violentas de seus torcedores. “A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”.


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Leonardo Garcia Gimenez é repórter multimídia na Itatiaia. Natural de Arcos-MG e criado em Iguatama-MG. Passou também pela Record Minas.
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.